Ex-trabalhadores da Bombardier voltam ao protesto - TVI

Ex-trabalhadores da Bombardier voltam ao protesto

  • Portugal Diário
  • 11 abr 2006, 13:08
Trabalhadores da Bombardier

Exigem reactivação da fábrica, depois da Refer ter comprado parte das instalações

Os ex-trabalhadores da Bombardier voltaram hoje aos protestos para exigir do Governo a reactivação da fábrica da Amadora, depois da Refer ter comprado 45 por cento das instalações à multinacional canadiana.

António Tremoço, do Sindicato dos Metalúrgicos, afirmou Agência Lusa que a acção pretende exigir a reabertura e a reactivação da fábrica para que comece a produzir material circulante.

O sindicalista sublinhou que a reabertura da fábrica está dependente da celebração da escritura entre a Bombardier e a Refer, um processo que, segundo António Tremoço, está a levar muito tempo.

Os ex-trabalhadores querem que a fábrica da Amadora volte a produzir e alertam que Portugal está a perder muitas encomendas.

Dando como exemplo o metro do Sul, cujo concurso foi ganho pela Siemens que está a produzir todas as locomotivas em Espanha, Tremoço defende que o Governo deve exigir, como contrapartida, que a produção seja feita em Portugal.

É o caso das 25 locomotivas do Metro do Porto que, «tudo indica, vai ser ganho pela Bombardier», adiantou António Tremoço.

Os ex-trabalhadores, que estão concentrados junto às instalações da Bombardier desde as 10:30, vão permanecer em vigília durante toda a noite e admitem fazer novas acções de protesto junto ao Ministério dos Transportes e Obras Públicas, caso o Governo não reactiva a unidade fabril.

A Bombardier anunciou no dia 2 de Fevereiro a conclusão do acordo com a Refer para venda de metade das suas instalações de fabrico de material circulante ferroviário na Amadora, encerradas em Maio de 2004.

A Refer vai pagar 7,2 milhões de euros à Bombardier, por cerca de 45 por cento das instalações.

O Governo pretende instalar na Amadora um «centro de excelência tecnológica» nacional, dedicado à centralização da reparação de componentes e à manutenção do material circulante de Lisboa.
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