Ministro não quer esquadras só com um polícia - TVI

Ministro não quer esquadras só com um polícia

Rui Pereira, ministro da Administração Interna - Foto António Cotrim para Lusa

Rui Pereira chocado com o incidente ocorrido na PSP de Moscavide

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ACTUALIZADO ÀS 14H30

O ministro da Administração Interna considerou «desaconselhável» haver apenas um agente numa esquadra da PSP, que «não podem ser locais vulneráveis», e espera que os responsáveis da invasão em Moscavide sejam identificados, capturados e julgados, informa a agência Lusa.

«Não é prática aconselhável haver uma esquadra da PSP em que esteja apenas um agente da polícia», disse Rui Pereira, defendendo que «as esquadras não podem ser locais vulneráveis». «As esquadras, em termos simbólicos e efectivos, devem ser locais onde tem de imperar a segurança», frisou.

Rui Pereira reagia ao caso do grupo de 10 a 15 homens que no Domingo invadiu a esquadra da PSP de Moscavide, em Loures, na qual estava apenas um agente, agredindo um jovem de 20 anos que pretendia apresentar queixa do grupo.

Trata-se de «uma agressão muito grave, porque foi praticada dentro de uma esquadra policial», disse o titular da pasta da Administração Interna, referindo que espera que «os autores da agressão sejam identificados, capturados e apresentados perante a justiça». Apesar de frisar que «ninguém pode garantir que não vai haver uma cena de violência perto ou dentro de uma esquadra», Rui Pereira garantiu que o Governo vai «tomar medidas, para que não haja esquadras da PSP em que esteja apenas um agente».

«O Governo não quer que se repita uma situação em que numa esquadra da PSP esteja apenas um agente», disse Rui Pereira, recusando associar o caso de Moscavide a uma eventual falta de efectivos na PSP: «A própria esquadra da PSP de Moscavide dispõe de mais de 40 agentes. Portanto, queremos que o trabalho de polícia seja organizado, para que nunca esteja apenas um agente dentro de uma esquadra».

Situações intoleráveis

Rui Pereira repudiou também o caso do jovem de 18 anos que foi detido no Domingo pela PSP em Beja por alegadas agressões físicas a dois agentes policiais, que ocorreram «à porta da esquadra» e após o jovem ter sido submetido a interrogatório policial: «As agressões a agentes de autoridade são muito condenáveis, porque põem em causa a integridade física desses agentes e o sentimento de segurança e o direito à liberdade de toda a comunidade».

«Não podemos ser complacentes com essas agressões», defendeu, salientando que a PSP «cumpriu com competência o seu papel, porque deteve o jovem e o apresentou perante a justiça». «A partir daqui não faço mais nenhum comentário, porque compete às autoridades judiciais dirigir a investigação do crime e julgar o jovem», rematou.

Para frisar a «importância que o Governo dá à segurança», o ministro lembrou o plano estratégico de segurança que, além dos «1.278 militares da GNR e 996 agentes da PSP» já admitidos «desde o início da legislatura», prevê, até ao final do mandato, «admitir mais 2.000 agentes da PSP e militares da GNR».

Para distribuir os novos efectivos pelo país, explicou Rui Pereira, o Governo vai fazer uma «avaliação criteriosa, tendo em conta as necessidades da população e os índices de criminalidade e de insegurança».

«Não voltará a repetir-se»

O secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes, garantiu que o caso de Moscavide não se voltará a repetir pois já deu instruções para que nunca mais esteja apenas um polícia na esquadra: «A segurança é um conceito fundamental e vital de uma sociedade democrática, por isso temos sempre de estar empenhados em garanti-la aos nossos cidadãos».

Relativamente aos acontecimentos de domingo na esquadra de Moscavide em que um grupo de 10 a 15 homens invadiu a esquadra da PSP de Moscavide e agrediu um jovem de 20 anos que pretendia apresentar queixa do grupo, Rui Sá Gomes garantiu que foi «uma situação pontual que não voltará a repetir-se»: «Já dei instruções de que não quero na esquadra apenas um único homem».
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