42 médicos colombianos começam a trabalhar - TVI

42 médicos colombianos começam a trabalhar

Vão para centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve

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Quarenta e dois médicos colombianos começam esta semana a trabalhar em centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve, as áreas com «maior carência» de médicos de família, avançou à Lusa fonte do Ministério da Saúde.

Dados do Ministério da Saúde indicam que a maioria dos médicos (29) fica a exercer nos centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo: quatro em Algueirão/Rio de Mouro, três em Odivelas, três em Almada, três em Arco Ribeirinho, três em Seixal/Sesimbra, três em Setúbal/Palmela e três na Amadora.

Dois médicos exercerão actividade em centros de saúde de Sintra, um em Cascais, um em Lisboa Oriental, um em Queluz/Cacém, outro em Lisboa Norte e outro em Oeiras.

Os restantes médicos (13) ficam no Algarve: cinco em Lagos, três em Portimão, dois em Loulé, dois em Albufeira e um em Silves.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde adiantou à Lusa que se trata de «um primeiro grupo de 42 médicos colombianos que foram seleccionados e cuja licenciatura foi reconhecida por uma faculdade de medicina portuguesa e a inscrição aceite na Ordem dos Médicos, num percurso de selecção e verificação das suas capacidades técnicas que foi muito exigente».

Estes 42 profissionais começarão a sua actividade de imediato e com um objectivo: « Facilitar o acesso de portugueses que não têm médico de família a cuidados de saúde nos centros de saúde».

Manuel Pizarro sublinhou que a contratação destes médicos estrangeiros não representa «qualquer risco de natureza económica»: «Em muitos casos, estes profissionais permitem diminuir a despesa que nós hoje realizamos com horas extraordinárias e com a contratação de prestação de serviços.»

O contrato com os clínicos tem a duração de três anos. «É o período que nós estimamos que seja de maior dificuldade», disse, lembrando as medidas tomadas para colmatar a falta de médicos, como o aumento do número de vagas de Medicina de 1.100 para 1.700 ou a criação de novos cursos no Algarve e Aveiro. Recordou ainda que triplicou o número de clínicos que está a fazer a especialização em Medicina Familiar.

Manuel Pizarro avançou que, nas próximas semanas, o programa de recrutamento de médicos no estrangeiro prosseguirá, de modo a cumprir o objectivo de «facilitar o acesso das pessoas a cuidados de saúde nos centros de saúde».

«Nós estamos a trabalhar em vários países num processo muito rigoroso e muito exigente de selecção de médicos e iremos dando conta da informação conforme os contratos sejam fechados e as situações estejam completamente regularizadas», concluiu.
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