Cirurgias: lista de espera vai estar disponível - TVI

Cirurgias: lista de espera vai estar disponível

Ana Jorge, Ministra da Saúde

Utentes podem assim conhecer qual a posição que ocupam na lista, bem como o tempo previsível para serem operados

A lista de espera para cirurgia vai poder ser consultada ainda este mês. Os utentes podem assim conhecer qual a posição que ocupam na lista, bem como o tempo previsível para serem operados, noticia a «Lusa». O anúncio foi feito, esta terça-feira, pela ministra da Saúde.

Os doentes registam-se através do portal de saúde - www.portaldasaude.pt -, obtêm uma senha para terem acesso à lista. De acordo com os dados da ministra, nesta lista estão inscritos 170 mil doentes à espera de cirurgia.

A ministra disse que é preciso «continuar» a trabalhar na redução do tempo de espera cirúrgico para as neoplasias malignas. A mediana do tempo de espera no primeiro semestre de 2009 era de 27 dias e em 2008 era de 36 dias.

Na audição requerida pelo PSD e CDS-PP, Ana Jorge admitiu que, apesar da reforma dos cuidados de saúde primários estar «no bom caminho», os números alcançados são ainda insuficientes, no que respeita às Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados na Comunidade.

Já o deputado do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo afirmou que tem havido um «arrefecimento do ritmo de implantação das USF».

«Faltam camas» nos cuidados continuados

Sobre a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, a ministra afirmou que permitirá uma melhor gestão dos cuidados, com mais capacidade para as situações agudas, nomeadamente cirurgias, facilitando a redução das listas de espera cirúrgicas.

«Numa área em que quase tudo estava por fazer, e apesar do muito concretizado, reconhecemos que há atrasos e dificuldades a ultrapassar. Por exemplo, faltam camas principalmente na Região de Lisboa e Vale do Tejo», afirmou.

Ana Jorge acrescentou que há carência de equipas de cuidados continuados nos Agrupamentos de Centros de Saúde para apoio domiciliário. «E a articulação entre as equipas de gestão de altas dos hospitais e as equipas do terreno nem sempre é a mais adequada», referiu.

«Há [também] uma deficiente resposta aos doentes que necessitam de cuidados paliativos», adiantou, anunciando que, às cerca de 4000 camas disponibilizadas pela rede a partir do final deste ano, se somarão mais 10 000 nesta legislatura.
Continue a ler esta notícia