IPO de Lisboa tem mais 70 novos voluntários - TVI

IPO de Lisboa tem mais 70 novos voluntários

Governo quer vender IPO de Lisboa

São já 448 pessoas dedicadas à solidariedade nesta unidade de saúde

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O IPO de Lisboa conta a partir desta terça-feira com a ajuda de 70 novos voluntários para quem a principal motivação é «amar o próximo» e a principal dificuldade é não levar os problemas dos doentes para casa, noticia a Lusa.

Voluntária há 28 anos, Maria Helena Conceição e Silva, com 77 anos, é o rosto dos dez voluntários que há mais de 25 anos chamam ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa a sua segunda casa e que hoje foram homenageados no IPO por tantos anos de dedicação ao doente oncológico.

Tem resposta pronta quando lhe perguntam a razão por se ter tornado voluntária.

«O gostar, o amar o próximo, dar-me e entregar-me ao próximo», disse à Agência Lusa com um sorriso.

Um sorriso que, no entanto, não esconde algumas dificuldades.

«É [um trabalho] um bocadinho duro. A pessoa às vezes vai para casa, mas passa. Daquele portão para lá sou outra. Não levo os problemas para casa. Tudo fica aqui», assegura.

Sobre onde vai buscar tanta força para lidar com os problemas dos doentes oncológicos, não tem dúvidas.

«Sou nortenha, sou trasmontana, e nós temos uma maneira de ser e uma fortaleza cá dentro», garante.

Já para Cândida Gama e Silva, 46 anos, que a partir de hoje se torna oficialmente voluntária do IPO depois de oito meses de formação intensiva, não levar os problemas dos doentes para casa pode ser uma dificuldade, mas acredita que vai acabar por receber mais do que aquilo que irá dar.

«É muito importante para mim o tempo que passo aqui e ver a diferença que pode fazer um sorriso ou um toque. Isso é muito gratificante», justifica.

Presente na cerimónia de comemoração dos 25 Anos de Voluntariado Hospitalar Efectivo e da entrega das novas fardas aos 70 novos voluntários, Maria Cavaco Silva, mulher do Presidente da República, defendeu que todas as pessoas deveriam dar um bocadinho do seu tempo ao voluntariado.

«Todos nós devíamos pensar duas vezes, porque há sempre um cantinho em que podemos usar o trabalho voluntário como processo de crescimento pessoal e de ligação aos outros», apelou a primeira-dama.

Com os 70 novos voluntários que a partir de hoje trabalham no IPO de Lisboa, este hospital passa a contar com a ajuda de 448 pessoas dedicadas à solidariedade.
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