Os médicos do Hospital Particular de Lisboa (HPL) encerraram as urgências à meia-noite e vão apresentar a rescisão de contrato na manhã desta sexta-feira, por considerarem que não têm condições de trabalho.
Num documento entregue à Ordem dos Médicos, ao qual a agência Lusa teve acesso, os clínicos do HPL frisam que as condições de trabalho são «conflituantes e impróprias às obrigações éticas, técnicas e deontológicas que consubstanciam e são exigíveis pelas regras da legis artis ao exercício profissional médico».
Um dos médicos disse à Lusa que a essa situação acresce ainda uma dívida ao corpo clínico que ronda um milhão de euros, havendo cirurgiões que não recebem «há dois ou três anos», enquanto a maioria dos clínicos não é paga «desde dezembro».
Segundo a mesma fonte, o Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde serão informados desta decisão nas próximas horas.
Além de ficar sem médicos, a mesma fonte adiantou que o HPL também já não tem doentes, com a exceção de um paciente do Serviço de Ortopedia que está a ser seguido por um clínico de uma companhia de seguros.
Fundado em 1967, o HPL foi o primeiro hospital particular português e passou a pertencer a José Vila Nova há cerca de um ano, quando este deixou o Grupo Trofa, ex-proprietário da unidade, que detinha com o irmão.
Médicos do Hospital Particular de Lisboa rescindem contratos
- tvi24
- CM
- 1 jun 2012, 08:14
Urgências foram encerradas à meia-noite
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