Não corre risco de contrair BSE - TVI

Não corre risco de contrair BSE

  • Marta Ferreira
  • 21 fev 2007, 20:31
Vaca

Incubação é de 10 anos. Não há carne contaminada à venda em Portugal

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Desde 2000 que «não existe qualquer possibilidade de chegar ao mercado de carnes qualquer material susceptível de poder ser considerado contaminado» com a doença de Creutzfeldt-Jakon, mais conhecida como doença das vacas loucas (BSE), garante o Ministério da Agricultura.

Além disso, um «indivíduo que manifeste em 2007 sinais da doença, nunca pode ter sido infectado nos últimos anos», uma vez que «o período de incubação estimado para esta doença é de cerca de 10 anos», esclarece a tutela em comunicado.

Para que um humano contraia a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, que é uma doença degenerativa fatal, do sistema nervoso central, que atinge pessoas jovens e adultos, é necessário que tenha ingerido mioleira, baço, timo, tripas ou outros tecidos linfáticos obtidos de bovinos com a doença das vacas loucas.

«Desde 1997 que, em Portugal, todos aqueles materiais, com risco acrescido, são sistematicamente retirados e eliminados de todos os bovinos abatidos para consumo», garante o Ministério da Agricultura.

Além disso, garante a tutela, «desde 2000 que todos os bovinos abatidos para consumo com mais de 30 meses de idade são sistematicamente testados para detecção precoce da doença».

Desde 2003, também todos os bovinos que morrem nas explorações (cadáveres) são recolhidos pelo Estado, testados para verificar se terão sido vítimas da doença e depois incinerados».

«Com base na eliminação sistemática de todos os materiais de risco [¿] e com testagem sistemática de todos os bovinos considerados de risco, não existe qualquer possibilidade de chegar ao mercado de carnes qualquer material susceptível de poder ser considerado contaminado», garante a tutela.

Esta afirmação, avança o Ministério, foi «corroborada pela Comissão Europeia, através da decisão de levantamento do embargo à carne de bovino em 2004 e na classificação do país como de risco controlado de BSE».

Casos de BSE a diminuir de ano para ano

Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, o número de casos de bovinos portugueses com doença das vacas loucas tem vindo a diminuir a um ritmo superior a 40 por cento nos últimos anos.

Em 2003, registaram-se 133 casos; em 2004 já foram apenas 89; em 2005 detectaram-se 51 casos e em 2006 foram apenas detectados 33.

Nos últimos dois anos, a maior parte dos casos positivos (mais de 50 por cento) foram detectados em cadáveres, ou seja, em animais sem hipóteses de serem introduzidos na cadeia alimentar.

Segundo caso provável de BSE em humano

A Direcção-Geral de Saúde anunciou esta quarta-feira a notificação de um caso provável de variante da Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ) numa jovem portuguesa residente no Continente.

Trata-se do segundo caso provável da doença em Portugal, «com evidência laboratorial» que foi notificado às autoridades na segunda-feira.

Em Junho de 2005, as autoridades de saúde anunciaram a existência do primeiro caso provável em Portugal da nova variante da DCJ, diagnosticado num jovem do sexo masculino.
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