Santarém tem falta de camas de internamento - TVI

Santarém tem falta de camas de internamento

  • Portugal Diário
  • 20 fev 2008, 15:45

Situação poderá ser minimizada com abertura de unidades de cuidados continuados

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O distrito de Santarém carece de camas para internamento, em particular no Hospital de Santarém, situação que poderá ser minimizada com a abertura das unidades de cuidados continuados de Tomar e Chamusca, disse o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale de Tejo (ARS-LVT), escreve a Lusa.

António Branco disse que a situação das urgências do Hospital de Santarém, que em alguns dias está «entupida» com macas pelos corredores, «não tem a ver com a quantidade de atendimentos mas com a quantidade de internados».

«O Hospital de Santarém é, no distrito, o que tem mais problemas no escoamento dos doentes», devido a uma carência de camas, questão que, no seu entender, terá de ser revista internamente, a par da criação de unidades de cuidados continuados para onde os doentes possam ser encaminhados.

O director clínico do Hospital de Santarém, Ribeiro de Carvalho, disse que «há soluções» internas para a sobrelotação das urgências, que podem, contudo, ser limitadas pelo espaço existente e «não ser imediatas».

Segundo disse, o Hospital de Santarém tem três serviços de medicina, cada um dos quais com 31 camas, tendo sido criada uma «área de harmónio» que permite o internamento noutros serviços quando aqueles estão sobrelotados.

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Frisando que o Hospital de Santarém foi construído há 20 anos, «dimensionado para uma filosofia de actuação não coincidente com a actual», Ribeiro de Carvalho referiu ainda que na área de influência desta unidade de saúde, que serve 250 mil pessoas, a população envelhecida encontra-se acima da média nacional (mais de 20 por cento de pessoas com mais de 65 anos, contra os 16 por cento da média nacional).

Estas pessoas frequentemente entram com uma tipologia de queixa, geralmente derivada de infecções respiratórias, que depois acaba por revelar outras doenças, obrigando a internamentos prolongados, frisou.

Segundo disse, actualmente apenas existem no distrito 20 camas no Hospital do Entroncamento e mais 15 na unidade que a Liga dos Amigos do Hospital de Santarém construiu junto a esta unidade de saúde, mas essas camas estão integradas na rede nacional.

«Temos pouca resposta no distrito, sobretudo ao nível do recobro imediato, até um mês de internamento», disse. «Uma unidade de recobro, de convalescença, até um mês, era fundamental», afirmou, reafirmando a «gritante falta de espaço» com que se debate o Hospital de Santarém.
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