«Operação de cosmética» na Saúde - TVI

«Operação de cosmética» na Saúde

  • Portugal Diário
  • 16 fev 2008, 19:01

Luta por um Serviço Nacional de Saúde de qualidade é «um imperativo nacional»

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O secretário-geral do PCP acusou hoje o Governo de encetar «uma operação de cosmética» no sector da Saúde, defendendo tratar-se de «um imperativo nacional» a continuação da luta por um Serviço Nacional de Saúde de qualidade, noticia a Lusa.

«Faz todo o sentido continuar a luta em defesa do SNS. É mesmo um imperativo nacional assegurar o direito à saúde, não deixando que a luta se esgote na resolução, ou não, do problema imediato», declarou Jerónimo de Sousa numa intervenção no final da Marcha pela Saúde, em Odivelas. O secretário-Geral do PCP lembrou que «mais de 700 mil portugueses continuam a não ter médico de família, mais de 35 mil no concelho de Odivelas».

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Referiu igualmente que «apenas dois centros de saúde em Portugal têm enfermeiro de família, para uma necessidade, de acordo com os rácios da Organização Mundial de Saúde, de mais de 12 mil». Jerónimo de Sousa salientou que «numa operação de cosmética o Governo procura transmitir a ideia de que agora vai ser diferente», numa referência à substituição de Correia de Campos por Ana Jorge à frente da pasta da Saúde.

«Não nos iludamos», exclamou o líder comunista, alertando as populações para o facto de poder «mudar o estilo, mas o conteúdo, esse, mantém-se intacto». «Não há nenhuma decisão de recuar na política de encerramentos de serviços, mas tão só concretizar de acordo com um novo calendário», acusou.

Para Jerónimo de Sousa, «a resolução do problema central que está colocado na saúde - a falta de profissionais nos cuidados de saúde primários e em algumas especialidades - continua a não ser objecto de um plano de emergência e de medidas de fundo, que procure solucionar o problema no curto e médio prazo». Mencionou ainda que «os numerus clausus continuam a funcionar como uma autêntica barreira administrativa no acesso às Faculdades de Medicina».

Durante a sua intervenção perante mais de 400 manifestantes que desfilaram pelas ruas de Odivelas até ao local onde deverá ser construído o novo centro de saúde, Jerónimo de Sousa acusou também o Governo socialista de seguir «claramente a cartilha neoliberal da União Europeia, cuja concretização é extensiva a outros países nos mesmos moldes».
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