Vacina da BCG esgotada

A vacina contra a tuberculose (BCG), que deve ser administrada à nascença, está esgotada há duas semanas em várias unidades de saúde, mas a Direcção-Geral da Saúde garante que a situação será normalizada em breve e não representa riscos, escreve a Lusa.

A ruptura na administração da BCG, que segundo o Programa Nacional de Vacinação (PNV) português deve ser aplicada no recém-nascido, preferencialmente nas maternidades, deveu-se a uma questão de «rigor de controlo de qualidade» do único laboratório que comercializa a vacina contra a tuberculose na Europa e que é dinamarquês.

A sub-directora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou à Lusa que o laboratório justificou a ruptura no abastecimento com uma discrepância que foi detectada nos certificados de libertação de lotes.

Como resultado desta ruptura, a BCG está esgotada há duas semanas, mas a situação deverá ser regularizada «em breve», já que a DGS deu instruções aos serviços de saúde, nomeadamente centros de saúde, para procederem à administração da vacina nas crianças que, devido a esta falta, não a receberam nas maternidades.

Sobre os efeitos deste atraso - já que o PNV recomenda a BCG à nascença ou no primeiro mês de vida - Graça Freitas esclareceu que não existe qualquer risco, pois a vacina é eficaz até ao segundo mês de vida da criança.

«Quem não se vacinou à nascença, pode fazê-lo até ter dois meses de vida, sem qualquer risco», garantiu a especialista em doenças transmissíveis.