700 pessoas controladas no Martim Moniz - TVI

700 pessoas controladas no Martim Moniz

SEF (arquivo)

Autoridades ainda não fizeram balanço, mas confirmam dezenas de «identificações»

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Mais de 700 pessoas tiveram de passar pelo controlo da PSP e dezenas foram identificadas pelas entidades policiais, que detectaram «situações irregulares», no seguimento de uma acção policial com três outras entidades, que decorreu esta sexta-feira no Martim Moniz, Lisboa.

A PSP, a Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE), o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Inspecção Tributária iniciaram, por volta das 15h00, uma acção conjunta nos dois centros comerciais do Martim Moniz e em alguns estabelecimentos daquela Praça para «deter indivíduos em situação ilegal no país».

Depois de cerca de duas horas de operação, a subcomissária da PSP Carla Duarte disse que, naquele momento, «foi possível controlar mais de 700 pessoas e identificar dezenas de indivíduos».

O controle foi feito no próprio centro e estabelecimentos comerciais, à entrada, dado que «os polícias pediam a identificação e título de residência e não deixavam ninguém sair que não tivesse estes documentos», contaram algumas testemunhas.

Os comerciantes que não tinham documentos eram encaminhados pelos agentes para a Praça do Martim Moniz, onde estavam dois «postos de controlo»: um ponto móvel do SEF e outro da PSP (da divisão de investigação criminal) que permitiam «fazer o rastreio das pessoas» e ver, por exemplo, «quais os seus processos», explicou Carla Duarte.

Este controle permitiu a identificação de «dezenas de pessoas», sendo que, «várias foram encaminhadas para instalações do SEF e da PSP», dado que «foram já verificadas situações irregulares que necessitam de ser verificadas».

«É muito difícil arranjar a documentação. Eu demorei dois anos a arranjar a minha, com várias viagens à Índia. O Governo português não facilita. Não é por nos multarem que vamos arranjar os documentos, não é por isso que vai ser mais fácil», dizia uma comerciante de origem indiana, há 15 anos em Portugal.

Muitos curiosos assistiam à fila de dezenas de cidadãos que, por indicação das autoridades, aguardavam para mostrar os seus documentos. Um cliente habitual do Martim Moniz, que ali se deslocou «para se abastecer para o seu negócio», achava «muito bem» a acção da polícia e admitia que «se há esta confusão toda é porque foi feita alguma coisa».

Os cães da equipa cinotécnica da PSP «não detectaram estupefacientes», disse ainda a subcomissária da PSP.

Carla Duarte avançou que «já há autos de contraordenação levantados pelas diferentes entidades».

No entanto, pelas 17h30 as entidades ainda não estavam em condições de fazer um balanço da operação, que ainda decorria, remetendo a divulgação dos dados para o fim do dia de hoje.

A operação policial envolveu 170 elementos policiais (divisão de trânsito, divisão de investigação criminal, corpo de intervenção e o grupo operacional cinotécnico da PSP) e 50 elementos das outras forças.
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