Ministro desconhece se autocarro «cumpria as normas de segurança» - TVI

Ministro desconhece se autocarro «cumpria as normas de segurança»

Miguel Macedo esteve esta tarde no hospital onde se encontravam algumas vítimas

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O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse este domingo, em Coimbra, desconhecer se o autocarro com matrícula espanhola que se despistou no IC8, na zona da Sertã, «cumpria todas as condições para circular em Portugal».

Um autocarro com matrícula espanhola despistou-se esta manhã, no nó do Carvalhal, concelho da Sertã, e provocou 11 mortos e um número elevado de feridos, alguns dos quais em estado grave.

Miguel Macedo disse aos jornalistas, no hospital universitário de Coimbra, desconhecer se o autocarro, por exemplo, tinha cintos de segurança.

«Reportaram-me que havia pessoas sem cinto de segurança, mas não sei sequer se o autocarro os tinha ou se o autocarro cumpria todas as condições para circular em Portugal», disse.

O ministro da Administração Interna, que se quis inteirar, em Coimbra, do estado de saúde dos feridos, mas que quis também cumprimentar os profissionais de saúde e de segurança envolvidos na operação, revelou igualmente estar a ponderar a necessidade das organizações de excursões estarem obrigadas a uma lista de passageiros.

«Não sei se vale a pena ou não exigir à organização de excursões, como neste caso, que tenha listas dos passageiros, o que facilitaria a operação de socorro. Mas é uma situação a ponderar», avançou.

O governante adiantou igualmente ser «ainda cedo para saber as causas» do acidente e disse esperar que a investigação esteja concluída o mais «rápido» possível.

Apelando aos condutores para cautelas acrescidas na circulação rodoviária, Miguel Macedo louvou a «resposta muito eficiente» de todos os profissionais e serviços envolvidos nesta operação, que revelaram «eficácia extraordinária».

«Agora, importa tratar quem tem problemas de saúde» e «apoiar psicologicamente as famílias das vítimas».

O ministro falou ainda em «profissionais inexcedíveis», que conseguiram acorrer rapidamente a um «acidente em circunstâncias muito difíceis».

Houve uma «capacidade de resposta no local muito boa».

Antes da visita de trabalho de Miguel Macedo, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, num comunicado enviado à agência Lusa, apresentou «sentidas condolências» às famílias das vítimas mortais e disse esperar que «os feridos possam regressar rapidamente a suas casas, para junto dos seus familiares».

Nesse sentido, o Ministério da Saúde «disponibiliza também todo o apoio psicológico e respetivo acompanhamento que as famílias das vítimas vierem a necessitar».
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