«Serial-killer»: o estranho caso do «rei Ghob»

É um dos casos que está a marcar a actualidade. O homem suspeito de triplo homicídio é presente às 14:00 de hoje no Tribunal de Torres Vedras, onde será interrogado por um juiz de instrução criminal em Torres Vedras.

Terá morto três jovens (dois rapazes e uma rapariga), com idades entre os 16 e os 20 anos, na zona de Torres Vedras. E tudo aponta para que na origem dos crimes tenham estado motivos passionais.

Francisco Leitão, de 42 anos, foi detido na segunda-feira, no culminar de uma investigação de vários meses. A TVI sabe que na origem dos crimes estão motivos passionais. Os corpos das vítimas ainda não foram encontrados.

O suspeito tem vários vídeos na internet, intitula-se «rei Ghob» (rei dos gnomos, mas também como profeta), e aparece com jovens que acolheria em casa, a quem chama discípulos. Ao seu lado surgem jovens que acolhia em casa, a quem chamava discípulos. «Venho aqui dizer que estou preparado para o fim do mundo», diz num deles. Um dos contornos mais perturbadores deste caso é um conjunto de vídeos que o suspeito publicou na Internet ( veja aqui).

Em entrevista à TVI

Cátia Correia, a irmã da última vítima, garante que a família já conhecia o alegado homicida. Joana Correia costumava sair com ele. Quando a jovem desapareceu, a família reuniu todos os amigos em casa dos pais: o detido foi um deles.

Joana Correia tinha 16 anos e foi dada como desaparecida no dia 3 de Março. Foi vista pela última vez na localidade de Sobreiro Curvo, em Torres Vedras. O seu caso chegou ao programa da TVI «Você na TV».

Vizinhos surpreendidos

A detenção deste homem deixou «pasmados» os habitantes de Carqueja, que descrevem o alegado homicida como um homem excêntrico, mas pacato e prestável. Na pequena localidade de poucas dezenas de casas destaca-se a exótica moradia remodelada pelo suspeito.

«O castelo», como é conhecido nas redondezas, ostenta no jardim e em várias paredes estátuas de anjos, santos e pequenos anões que não deixam dúvidas aos vizinhos de que ali habita «um homem muito excêntrico», relata a Lusa.

Do que se passava para dentro da vedação do jardim, ornamentado com lanças de ferro, pouco sabem contar os habitantes da aldeia.