Portugal é o que menos investe em formação - TVI

Portugal é o que menos investe em formação

  • Portugal Diário
  • 30 jan 2008, 15:32
Trabalho (Arquivo)

E é no sector privado que mais se acentua o fosso com a Europa

Portugal é o país que menos investe na formação profissional dos seus trabalhadores, sendo que é no sector privado que mais se acentua o fosso com a Europa, revela um estudo que analisa dez países europeus.

Segundo noticia a Lusa, para o conjunto dos dez países, as administrações e empresa públicas registam percentagens elevadas a nível de investimento na formação - 59 e 57 por cento, respectivamente -, enquanto em Portugal os valores são significativamente mais baixos: 36 e 39 por cento.

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«No sector privado, os valores são bastantes mais baixos do que estes, mantendo-se o acentuado fosso entre a Europa e Portugal, onde entre os empregados das empresas registam-se «scores» de 38 por cento (Europa) e 19 por cento (Portugal)», refere o estudo intitulado «Orientações Perante o Trabalho e Relações Laborais».

Grã-Bretanha, Dinamarca, Eslovénia, Irlanda, Suécia, Alemanha, França, Hungria, Espanha e Portugal são os países em análise no estudo, que decorreu em Portugal entre Outubro de 2006 e Fevereiro de 2007 e englobou 1.837 entrevistas feitas pessoalmente em casa dos inquiridos, correspondente a uma taxa de resposta de 66,5 por cento.

Perante a questão «Nos últimos 12 meses recebeu, no próprio local de trabalho ou fora dele, alguma formação para melhorar as suas qualificações/competências profissionais?», o nível de respostas afirmativas situou-se nos 43 por cento no conjunto dos dez países europeus seleccionados para o estudo comparativo, cujo trabalho de campo foi conduzido em Portugal pela TNS-Euroteste.

«O resultado de 22 por cento verificado para Portugal é o pior dos registados nestes países vizinhos», seguindo-se Espanha (22 por cento) e Hungria (30 por cento), refere o estudo.

A Grã-Bretanha é o país que aposta mais na formação profissional (61 por cento), seguindo-se a Dinamarca (60 por cento) e a Eslovénia (53 por cento).
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