Droga: heroína para «consumo interno» - TVI

Droga: heroína para «consumo interno»

PJ apreende 28 quilos de cocaína

PJ diz que haxixe e cocaína que entram no país rumam para o estrangeiro, ao contrário da heroína

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João Figueira, inspector-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da PJ revelou este domingo que, ao contrário do haxixe e da cocaína, a «heroína que vem para Portugal entra pela fronteira terrestre» e destina-se «ao mercado interno».

Em declarações à agência Lusa, João Figueira falou sobre o tráfico relativo às quatro principais substâncias - haxixe, cocaína, heroína, ecstasy/anfetaminas - que utiliza o território português como «porta de entrada» da droga na Europa ou para abastecer o mercado nacional, que, apesar de tudo, é de «reduzida dimensão».

Autoridades mais capazes

Começando pelo tráfico de haxixe, João Figueira sublinhou que Portugal, com uma longa zona costeira, tem sido utilizado como ponto de entrada do haxixe no espaço europeu, mas que essa tentativa das organizações criminosas tem deparado com uma «capacidade de resposta significativa» das autoridades portuguesas, que, em 2007, apreenderam mais de 44 toneladas deste produto, num valor até então nunca atingido.

Contudo, em 2008 - prosseguiu o inspector-chefe da UNCTE - o haxixe apreendido em Portugal subiu para 61 toneladas, um valor «quase absurdo».

As «grandes apreensões» desta droga nos últimos dois anos em Portugal resultam, ao que tudo indica, não só da «maior eficácia» das autoridades portuguesas (PJ, PSP, GNR, Alfândegas, Autoriadade Marítima Nacional), mas também do «aumento da quantidade de haxixe em termos de tráfico».

Heroína chega por terra

Já quanto à heroína, esta droga entra em Portugal sobretudo pelas fronteiras terrestres, em «viaturas ligeiras», vinda da Holanda e de Espanha, e destina-se ao mercado interno, onde o comércio é gerido por «pequenos grupos» e o número de consumidores poderá estar a diminuir.

Assim, em 2007, a heroína apreendida em Portugal rondou os 62 quilos e no ano passado subiu para cerca de 68 quilos.

Relativamente ao tráfico de cocaína, João Figueira explicou que, à semelhança do haxixe, as grandes quantidades que são descarregadas na costa portuguesas têm como destino, nomeadamente, Espanha, Holanda e Reino Unido.

Quanto ao ecstasy e as anfetaminas, referiu que estas drogas chegam a Portugal, em paralelo com a heroína, por via terrestre, tendo origem na Holanda, e visam abastecer o mercado interno.
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