Multas: espanhóis «abusados» em Portugal - TVI

Multas: espanhóis «abusados» em Portugal

  • Portugal Diário
  • 8 jan 2008, 12:53

Profissionais de saúde escrevem a Zapatero a pedir que este os defenda

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Profissionais de saúde espanhóis a trabalhar em Portugal apelaram hoje ao primeiro-ministro espanhol que defenda os seus direitos e acabe com os «abusos» a que dizem ser submetidos, nomeadamente as multas de trânsito por circularem com matrícula espanhola, noticia a Lusa.

Numa carta aberta dirigida a José Luis Zapatero, o presidente da Associação de Profissionais de Saúde Espanhóis em Portugal, Xoán Gómez recorda que o chefe do Governo espanhol «é o presidente de todos os espanhóis que trabalham em Portugal e, como tal, tem obrigação de defender os seus direitos perante os abusos a que têm sido submetidos devido à aplicação de leis obsoletas e anti europeístas do país vizinho».

Em causa estão as multas aplicadas pela Brigada Fiscal da GNR aos espanhóis que trabalham em Portugal, mas que circulam em viaturas matriculadas no seu país.

«Sabemos que o Sr. Presidente tem conhecimento que os espanhóis que se deslocam aos locais de trabalho em Portugal são perseguidos pela Brigada Fiscal da GNR com o propósito de nos obrigar a mudar a matrícula espanhola do nosso carro pela portuguesa», escreve Xóan Gomez, médico residente em Tui, na Galiza, mas a trabalhar em Ponte de Lima.

O médico descreve na missiva que os espanhóis são multados e os documentos e as viaturas apreendidas por circularem com matrícula espanhola e alerta para as consequências de mudar a matrícula para portuguesa.

Mudar a matrícula «implica a mudança de residência e, por tanto, toda a nossa documentação. Mas se a nossa casa e os vínculos familiares estão em Espanha, o que fazemos? Mudamos de nacionalidade para ser estrangeiros em Espanha?», questiona.

Interroga ainda se será solução os espanhóis que trabalham em Portugal terem duas viaturas, uma com matrícula espanhola e outra portuguesa e trocar de veículo na fronteira. «E a nacionalidade, Que fazemos com a nacionalidade», questiona ainda o presidente da associação.
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