Apito Dourado: leitura de sentença adiada - TVI

Apito Dourado: leitura de sentença adiada

Justiça

No banco dos réus estão quatro arguidos acusados de corrupção activa e passiva

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O Tribunal Judicial de Santa Cruz tornou esta quarta-feira a adiar a leitura da sentença de quatro réus acusados de corrupção activa e passiva no futebol, entre eles dois ex-dirigentes do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, refere a Lusa.

A juíza Susana Mão de Ferro considerou que, face ao decreto lei 390/91 de 10 de Outubro, «não houve benefícios patrimoniais para os quatro réus, António Silva Henriques, ex-vice presidente do organismo de arbitragem da FPF, nem para António Azevedo Duarte, também ex-dirigente do Conselho».

A Juíza não fez referência aos outros dois arguidos, Leonel Moreira, árbitro do encontro Machico-Sacavenense, realizado a 28 de Março de 2004, na Madeira, em que a equipa madeirense, necessitada de vencer para não baixar da III divisão nacional para o regional, ganhou por 3-0, e ao observador do trabalho do árbitro, Marco Santos.

Quarto adiamento

O Tribunal considerou que, segundo os indícios, não houve corrupção passiva, somente activa, sem testemunhas presenciais nem substanciais (apenas um telefonema entre António Henriques e Azevedo Duarte), tendo estabelecido um prazo máximo de 10 dias para que o advogado dos réus conteste a decisão.

Desta forma, a sentença mais dura para os arguidos, dois a quatro anos de prisão, fica em princípio, fora de hipótese.

António Henriques foi, recentemente, condenado a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa, num julgamento no âmbito do «Apito Dourado» em que o árbitro Martins dos Santos foi também condenado com a mesma pena, isto na sequência de um jogo entre Marítimo e Nacional, a 19 de Abril de 2004, da 31ª jornada do campeonato português de futebol de 2003/2004.

Esta é a quarta vez que a leitura da sentença deste processo é adiada.
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