Bullying: Confap defende possibilidade de denúncias electrónicas - TVI

Bullying: Confap defende possibilidade de denúncias electrónicas

Novos casos de bullying nas escolas

Prevenção é apontada como principal solução para combater a violência

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A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) defendeu esta terça-feira a possibilidade das denúncias de actos de bullying poderem ser feitas electronicamente e de forma anónima, uma proposta que será entregue na quarta-feira ao Governo, noticia a Lusa.

«Vamos propor ao Governo que a queixa electrónica que já existe para as situações de violência doméstica seja alargada para os casos de agressões nas escolas. Desta forma estará assegurado o anonimato e obrigará as autoridades a intervir», declarou o presidente da Confap à Lusa, considerando que estas queixas poderão constituir um instrumento eficaz na denúncia de situações de violência escolar, física ou psicológica, entre os alunos.

Albino Almeida salientou a obrigatoriedade da denúncia electrónica ser do conhecimento da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, alegando a necessidade de se fazer o «acompanhamento dos agressores».

O responsável mencionou também a importância de o ciberbullying (prática que envolve o uso das novas tecnologias para apoiar actos hostis) ser igualmente «regulamentado», assim como a necessidade de «furtos, danos, injúrias, agressões e roubos serem inscritos nos regulamentos internos» das escolas e «tipificados como ocorrências muito graves».

Prevenção

O Conselho Nacional das Escolas (CNE) assinalou a prevenção como a principal solução para combater os actos de violência entre os alunos, numa reacção à intenção da Procuradoria Geral da República de tipificar o bullying como crime escolar.

«Importa criar formas de actuação preventiva, para se criar um ambiente saudável e pacífico nas escolas e, assim, tornar mais fácil a detecção e o combate a comportamentos desviantes», declarou o responsável pelo CNE, Álvaro Almeida dos Santos.

«Tudo o que se faça para credibilizar a acção das escolas é bem-vindo», declarou Álvaro Almeida, defendendo a necessidade de se «identificar e conhecer bem» o problema para, depois, serem encontradas as soluções.

O responsável pela CNE recordou o caso norueguês, em que se registou uma redução de 50 por cento dos casos de bullying através de um «melhor conhecimento do problema» por parte dos vários agentes e, consequentemente, «uma maior capacidade para lidar» com estas situações.

«Parece-me importante alertar as escolas para a necessidade de detecção destes problemas, logo à nascença. É importante que todos os agentes e os próprios alunos estejam atentos», concluiu.
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