CNE preocupado com cortes na educação

O Conselho Nacional de Educação (CNE) está preocupado com os possíveis cortes na área da educação. Defende que, mesmo em momentos de crise, «a educação não pode ser afectada», mesmo porque Portugal já tem um «um défice educativo».

A presidente do CNE, Ana Maria Bettencourt, defendeu, à margem de uma iniciativa no âmbito do Dia Mundial dos Professores, que «a educação tem de ser a prioridade no país».

«A posição do CNE é que em momentos de crise a educação não pode ser afectada, porque nós temos um défice educativo».

Apontando a educação como «o farol do futuro», Ana Maria Bettencourt lembra, de acordo com a Lusa, que a haver cortes, «tem de se ver muito bem onde serão feitos».

«Mesmo para cumprir as metas definidas pela União Europeia, o caminho tem de ser ascendente e o caminho ascendente não vai tolerar cortes», alertou a responsável.

Ana Maria Bettencourt entende que «não pode haver cortes em áreas que são muito importantes», como os «apoios as alunos» mais necessitados.

«As escolas têm de ter condições para os alunos poderem trabalhar e recuperar os seus problemas», acrescentou ainda a presidente do CNE.

Cortes na educação vão ter consequências na qualidade do ensino, considera FENPROF

Já o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, não tem dúvidas que os cortes previstos para a educação, mas também para os municípios, «vão ter consequências que se vão reflectir na qualidade do ensino».

No Dia Mundial do Professor, Mário Nogueira lamentou que em Portugal ainda se esteja a lutar por muitas dos direitos que ficaram definidos há «44 anos, com a recomendação feita em 1966 pela OIT e UNESCO».