Forças Armadas: projectos de modernização adiados

O ministro da Defesa Nacional afirmou esta terça-feira que a disciplina orçamental do Governo da República obriga a diferir alguns projectos de modernização das Forças Armadas apesar do investimento previsto ser «sem paralelo» na história portuguesa.

Referindo-se ao corte de 40 por cento previsto na lei de programação militar, Augusto Santos Silva admitiu que o Ministério da Defesa Nacional vai ter de «diferir alguns dos novos de projectos e equipamentos na modernização das Forças Armadas», informa a Lusa.

O ministro salientou que na sequência da actual conjuntura, «a proposta é honrar compromissos já contratualizados, que no seu conjunto significam um nível de investimento da modernização das FA como nunca o país conheceu em tempo de paz e diferir alguns projectos que estavam a ser trabalhados».

Destacou também que «mesmo nestas circunstâncias de disciplina orçamental, todos os ramos das FAP vão receber equipamentos importantes para as suas missões e melhorias das suas capacidades».

O ministro afirmou «desconhecer» a existência de alegado descontentamento entre as chefias militares face aos cortes financeiros, garantindo que está há quatro meses à frente da pasta da Defesa Nacional e acrescentando que «tem contado sempre com a colaboração, cooperação e empenhamento de todos chefes e militares».

Contingente militar no Afeganistão

Augusto Santos Silva declarou que o contingente militar destacado para o Afeganistão «deverá estar em total operacionalidade na Primavera».

O ministro realçou que os militares portugueses já estão no Afeganistão e que «cerca de metade do contingente já está projectado ou em projecção».

«Nós prevemos que essa projecção termine no fim deste mês ou no princípio do próximo de forma que nossa companhia de reacção rápida esteja em total operacionalidade nesta Primavera», afirmou.

O ministro destacou que Portugal está a «cumprir os compromissos, o que significa que o contingente português no Afeganistão mais do que duplicará, passando de cerca de uma centena de homens e mulheres, para 250», concluiu.