Portugueses e espanhóis desentendem-se em festa popular - TVI

Portugueses e espanhóis desentendem-se em festa popular

Feirantes portugueses queixam-se de espanhóis

Feirantes lusos queixam-se do espaço ocupado pela população espanhola numa feira popular. GNR teve de intervir e apreendeu uma arma

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A Festa da Senhora das Dores em Monção foi palco de desacatos entre portugueses e espanhóis, tendo deixado a GNR com um «problema grave» em mãos, noticia a agência Lusa.

De acordo com a mesma fonte, a GNR teve de intervir para disciplinar a concentração de feirantes em frente ao edifício da câmara.

A GNR separou as duas partes, que começavam a empurrar-se mutuamente, tendo apreendido duas pistolas alegadamente pertença de empresários espanhóis e detido uma mulher por posse ilegal de arma.

Esta viria a ser libertada, pouco depois, por se encontrar grávida, embora tenha sido intimada para comparecer em Tribunal.

Na origem dos desacatos está a divisão do espaço para a festa. Os portugueses queixaram-se da atitude dos espanhóis, acusando-os de ocupar todo o espaço.

«Chegamos hoje para montar os equipamentos e o espaço destinado aos divertimentos já está todo ocupado por pistas e carrosséis de feirantes espanhóis», queixou-se Paulo Rui Barata, um dos feirantes que já se reuniu com o presidente da Câmara de Monção para tentar resolver a situação.

«Os espanhóis, estão a dois quilómetros da fronteira, instalam-se, não têm licenças, não têm seguros e não se preocupam com nada», adiantou o porta-voz dos feirantes.

«Os portugueses têm que ter licenças e seguros e chegam ao local e não têm espaço para montar o equipamento», acrescentou.

Autarca de Monção diz nada poder fazer pelos feirantes

A Festa de Nossa Senhora das Dores realiza-se de 19 a 24 de Agosto, na vila de Monção e atrai milhares de turistas.

Realizou-se esta tarde uma reunião entre um grupo de proprietários de pistas de carrinhos de choque, carrosséis e vendedores ambulantes com José Emídio Moreira, o autarca de Monção.

O grupo apelou ao autarca para que «não prejudique os feirantes portugueses». Contudo, o presidente da câmara de Monção afirmou que nada podia fazer quanto ao assunto, remetendo-o para a Comissão de Festas da Senhora das Dores.

Mais de uma dezena de feirantes portugueses estão à espera que seja encontrada uma solução.

«Não saímos daqui e sabemos que estão mais feirantes a caminho. Exigimos que nos respeitem», salientou Paulo Rui Barata.
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