Violência doméstica: agressores frequentam programa de reconversão - TVI

Violência doméstica: agressores frequentam programa de reconversão

Violência doméstica

Para já são apenas 18 os participantes, mas este número poderá aumentar para 150

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O programa piloto de reconversão comportamental conta com a frequência de 18 agressores de violência doméstica, no entanto, um responsável da Direcção Geral de Reinserção Social avançou esta quarta-feira que em breve o número poderá aumentar para 150, noticia a Lusa.

A cada hora que passa há mais três a quatro queixas de vítimas de violência doméstica e no ano passado registaram-se mais de 30 mil participações, acabando por haver 16 pessoas que se transformaram em vítimas mortais deste crime.



Nos últimos meses foram iniciados dois projectos-piloto para tentar alterar o actual panorama, surgiram as pulseiras electrónicas com sistemas tecnológicos adaptados à violência doméstica e os programas de reconversão de comportamento do criminoso.

«Os programas terapêuticos duram 18 meses e fazem um trabalho com o agressor no sentido de este conseguir reconhecer o crime e de se sentir responsável», explicou o subdirector da Direcção Geral de Reinserção Social (DGRS), Luís Couto.

Além do trabalho de reconversão comportamental, Luís Couto acredita que estas sessões «permitem que a vítima se sinta mais segura».

Neste momento apenas 18 agressores estão no programa, mas já «foi proposto em tribunal que outros 41 agressores também o frequentassem». Além daqueles, existem ainda outros «95 agressores em avaliação e diagnóstico», referiu o subdirector.

As penas por violência doméstica são variadas, o tribunal pode decretar uma pena de prisão, trabalho na comunidade ou suspensão provisória do processo. Nestes casos, e depois de avaliado o perfil do criminoso, pode ser proposta a frequência num dos programas de reconversão.

«Aqui não queremos apenas fazer o controlo, queremos também dar apoio», concluiu Luís Couto.
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