Portugal com salários 40 por cento mais baixos

Tendo em conta os últimos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), os portugueses ganham, em média, cerca de 40 por cento menos do que a União Europeia dos 15.

Para além da diferença em relação ao resto da Europa as disparidades também acontecem dentro do país onde os 20 por cento das pessoas com salários mais elevados ganham oito vezes mais que os 20 por cento que têm os salários mais baixos. A Finlândia é o país mais equilibrado em relação a este aspecto.

De acordo com o Jornal de Negócios, os portugueses recebem contas mais altas nas telecomunicações (2 por cento) e, pelo contrário, água, luz e gás encontram-se entre os serviços mais baratos.

Os preços médios são 20 por cento mais baixos que o resto da Europa. Segundo o Correio da Manhã, apesar de conseguirem os produtos mais baratos os portugueses têm salários consideravelmente mais baixos o que não lhes permite, com base no desfasamento registado pelo Eurostat, realizar poupanças.

O mesmo organismo (Eurostat), que é o responsável pelas estatísticas na União Europeia, chegou à conclusão que a carga fiscal portuguesa atingiu, em 2005, o valor de 35,3 por cento quando dez anos antes se mantinha nos 31,9 por cento.

No que ao salário mínimo diz respeito as estatísticas também não nos são favoráveis. Segundo a Eurostat 5,5 por cento dos portugueses recebem os 437 euros correspondentes ao salário mínimo. Este valor coloca Portugal no meio da tabela ao passo que no Luxemburgo (topo da classificação) o salário mínimo é de 1503 euros. O último lugar pertence à Letónia com 129 euros.