Face Oculta: Narana Coissoró já não será ouvido - TVI

Face Oculta: Narana Coissoró já não será ouvido

Manuel Godinho (Lusa/Paulo Novais)

Manuel Godinho prescindiu de ouvir o histórico dirigente do CDS Narana Coissoró

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O empresário de sucatas Manuel Godinho, principal arguido no processo «Face Oculta», prescindiu, hoje, de ouvir, como testemunha, o histórico dirigente do CDS Narana Coissoró.

A audição de Narana Coissoró, que admitiu publicamente ter entregado cartões de visita do sucateiro de Ovar a «pessoas que conhecia», embora negasse qualquer envolvimento nos factos que desencadearam este processo, estava marcada para 17 de outubro.

Manuel Godinho, cuja defesa tinha solicitado a audição de 20 pessoas, algumas das quais em comum com o Ministério Público e os arguidos João e Hugo Godinho, filho e sobrinho do sucateiro, Maribel Rodrigues e as empresas SCI e O2, abdicou de ouvir em julgamento oito testemunhas.

Das restantes 12 testemunhas, sete já foram inquiridas na fase de produção de prova, faltando ouvir cinco, entre as quais o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, que deverá depor por escrito.

A decisão comunicada esta sexta-feira levou o tribunal a alterar o agendamento das sessões da próxima semana, quando começarão a ser ouvidas as primeiras testemunhas de defesa, cancelando a audiência de terça-feira.

Na sessão de hoje, a 104.ª, o tribunal voltou a ouvir o inspetor tributário Benjamim Monteiro, que participou em buscas na empresa SCI, de Manuel Godinho, em Aveiro.

A audição de Benjamim Monteiro, que já tinha sido ouvido enquanto testemunha de acusação em fevereiro passado, aconteceu a pedido da defesa dos sucateiros Manuel Nogueira da Costa e Paulo Pereira da Costa (pai e filho).

Da parte da tarde, foi ouvida uma técnica de gestão administrativa da EDP Imobiliária, que desempenhou funções como secretária do arguido e ex-administrador daquela empresa Paiva Nunes.

A assistente Fundo de Pensões da EDP acabou por prescindir de ouvir uma segunda testemunha, cuja audição deveria ter ocorrido hoje, mas a defesa de Paiva Nunes requereu ao coletivo de juízes que seja inquirida em tribunal, considerando que o seu depoimento é imprescindível para a descoberta da verdade - um pedido que foi aceite.

O tribunal ficou de marcar a data para a audição desta testemunha, assim como de uma outra que foi arrolada pelo Ministério Público e que ainda não foi inquirida.

O processo «Face Oculta» está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e privadas.

Entre os arguidos estão personalidades como Armando Vara, ex-administrador do BCP, e José Penedos, ex-presidente da REN, e o seu filho Paulo Penedos.
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