Ex-ministra justifica dívidas da Parque Escolar - TVI

Ex-ministra justifica dívidas da Parque Escolar

Maria de Lurdes Rodrigues esteve, esta terça-feira, na Comissão de Educação e falou de insuficiência de verbas provenientes do PIDAC

A ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues disse, esta terça-feira, no Parlamento que as verbas do Programa de Investimentos da Administração Central eram insuficientes para resolver o problema de degradação das escolas portuguesas, quando foi criada a Parque Escolar.

A ex-governante falava na Comissão de Educação sobre o desempenho da Parque Escolar, na sequência das auditorias da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) e do Tribunal de Contas (TC) à empresa criada por José Sócrates para modernizar as escolas secundárias.

A audição decorre a pedido do PSD, que iniciou os trabalhos com o deputado Emídio Guerreiro a questionar Maria de Lurdes Rodrigues sobre o que tinha a dizer da credibilidade de instituições como a IGF e ou o TC.

«A divulgação destes dois relatórios num tão curto espaço de tempo teve como objetivo lançar a ideia de que a Parque Escolar não era necessária», disse a ex-governante, acrescentando que a empresa é apontada naqueles documentos como um bom exemplo.

«Reunia com o ministro das Finanças todas as quinta-feiras, pelo menos no Conselho de Ministros», disse Lurdes Rodrigues em resposta ao deputado social-democrata, que quis saber como era exercida a tutela conjunta da empresa. Afirmou também que nunca foi tomada a decisão de retirar escolas do programa.

«Não é verdade que os relatórios digam que a gestão da Parque Escolar fosse exemplar», disse o deputado do CDS-PP Michael Seufert, lendo os parágrafos mais críticos das auditorias.

«A Parque Escolar, tendo sido uma excelente ideia, cria uma hipoteca sobre a escola pública enorme», rematou Emídio Guerreiro.

O PS defendeu que o programa permitiu a criação de emprego e manutenção de empresas. «Foram gerados em permanência mais de 9 mil postos de trabalho, reconhecem os relatórios», sublinhou a ex-ministra.
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