Gang que controlava noite em tribunal - TVI

Gang que controlava noite em tribunal

Os primeiros seis suspeitos chegaram ao tribunal de Penafiel sob fortes medidas de segurança do corpo de intervenção da GNR

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Os primeiros seis detidos de uma operação que a Polícia Judiciária desencadeou no Vale do Sousa chegaram esta quarta-feira ao tribunal de Penafiel sob fortes medidas de segurança do corpo de intervenção da GNR, escreve a Lusa.

Dezenas de populares esperavam a chegada dos primeiros suspeitos e tiveram de ser mantidos à distância pelas forças de segurança, que criaram um cordão nas imediações do tribunal.

Os 26 detidos devem chegar em grupos de seis e serão posteriormente identificados por um juiz de instrução criminal.

O grupo está indiciado por crimes de associação criminosa, ofensas à integridade física agravada contra um agente de autoridade, posse e tráfico de armas, extorsão, ameaças e exercício ilegal da actividade de segurança privada.

Têm idades compreendidas entre os 20 e os 50 anos, alguns dos quais sem qualquer actividade profissional lícita definida e outros ligados à comercialização e distribuição de produtos de origem piscícola. O núcleo duro apresenta ligações familiares.

A operação de terça-feira foi o resultado de cerca de um ano de investigações e contou com a participação directa da maior parte dos investigadores da Directoria do Norte da PJ, de alguns elementos da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real e efectivos da GNR.

Foram realizadas simultaneamente cerca de 50 buscas, domiciliárias e outras, nas zonas de Paredes, Penafiel, Lousada, Vizela, Valongo, Marco de Canaveses e Matosinhos, na sequência das quais foram cumpridos 21 mandados de detenção.

Mais cinco indivíduos foram detidos, quatro em flagrante delito e um por ofensa à integridade física a um dos elementos da PJ.

«Esta é uma das grandes operações que a PJ tem feito e é um alerta de que as autoridades estão muito atentas ao que se passa no Norte e no exercício da segurança. A PJ está atenta e coesa no combate a estes fenómenos», destacou, em conferência de imprensa, Batista Romão, director da PJ do Porto.

O «modus operandi» do grupo passava por contratar alguns elementos para provocar distúrbios em espaços de diversão nocturna, após o que era sugerido aos proprietários que seria melhor contratar segurança privada.
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