Seguranças deviam usar armas de imobilização - TVI

Seguranças deviam usar armas de imobilização

  • Portugal Diário
  • 6 nov 2007, 23:13

Ideia foi defendida pela Associação Nacional de Vigilantes

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A Associação Nacional de Vigilantes defendeu esta terça-feira o acesso dos profissionais a armas de imobilização e o uso de câmaras de videovigliância nas carrinhas de transporte de valores como meios de protecção em situações de perigo, escreve a Lusa.

A posição foi manifestada, em declarações à Agência Lusa, no dia em que um segurança de uma empresa de transporte de valores foi agredido, com uma arma de fogo, por dois homens encapuzados que assaltavam uma caixa de multibanco na entrada de um centro comercial de Odivelas.

De acordo com dados do líder da associação, Rui Silva, existem em Portugal cerca de 40.000 vigilantes a desempenharem funções nos sector público e privado, número que quase supera o contigente da PSP e da GNR.

O presidente da associação formalmente criada há poucos dias revelou à Lusa que será enviada, na próxima semana, uma «recomendação» ao Ministério da Administração Interna e à Direcção-Nacional da PSP para «que seja possível o uso de uma arma de imobilização» por parte dos seguranças.

«Trata-se de uma arma não letal, que não mata, não fere. Apenas imobiliza, atordoa uma pessoa com um pequeno choque eléctrico», ressalvou, justificando que as empresas e o Estado contratam vigilantes «para que tenham as suas instalações seguras» mas os profissionais do sector «não têm meios de defesa».

O responsável contou que, muitas vezes, os seguranças das carrinhas de transporte de valores «têm de fazer um longo caminho com sacos com dinheiro» até chegarem às caixas de multibanco, sem que tenham meios para se auto-protegerem de uma ameaça ou perigo.

A Associação Nacional de Vigilantes defende igualmente o uso de câmaras de videovigilância nas carrinhas, para que possam captar movimentos suspeitos em redor da viatura, a uma distância até três metros, pelo que vai solicitar um parecer sobre a sua viabilidade à Comissão Nacional de Protecção de Dados antes de contactar com as empresas de segurança.

A actividade da segurança privada é regulada pela Direcção-Nacional da PSP.
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