A Segurança Social está em rutura. São milhares os utentes que estão à espera de prestações sociais há mais de um ano, alguns deles desesperam, e passam graves dificuldades económicas, imagine-se, há mais de dois anos.
Os filhos são obrigados a deixar o trabalho para tomar conta dos pais e não recebem o apoio que lhes é devido. Por isso, jovens orfãos que desesperam por uma pensão de sobrevivência para conseguirem pagar os transportes para a universidade e também pensionistas que, depois de uma longa espera, recebem as pensões com retroativos, o que os obriga a pagar um valor absurdo e indevido de IRS, para além de perderem a isenção das taxas moderadores.
A Provedoria de Justiça, só nos primeiros quatro meses do ano, já recebeu 674 queixas relativas a atrasos no deferimento e pagamento de pensões. Isto significa que, se o ritmo continuar a ser o mesmo, 2019 será mais um ano recorde no que diz respeito a queixas contra a Segurança Social.
Por isso, nos próximos dias, Maria Lúcia Amaral, a provedora de justiça, vai lançar um relatório arrasador contra a Instituição.
Apesar de parecer difícil de acreditar, ainda há pior. Inacreditavelmete, enquanto o caos reina no Instituto que deveria proteger os cidadãos em situação de maior fragilidade, há um diretor que, em horário de serviço, desvia os funcionários, que deveriam estar a tratar de centenas de processos, para festas, com direito a atuações musicais.
Falamos de José Domingos Ramalho, conhecido como “Zé das Festas”. Aparentemente, trata-se de um protegido do presidente da Segurança Social, uma vez que, apesar da conduta que segue, passa impune. Este é um retrato de como vai a Segurança Social em portugal, ou melhor, a “insegurança social”, como muitos lhe chamam.