O primeiro-ministro, José Sócrates, acredita que o Banco Central Europeu (BCE) irá continuar a descer gradualmente as taxas de juro de referência, permitindo dar novo fôlego à economia europeia.
As declarações do primeiro-ministro foram proferidas esta quinta-feira após ter presidido no Centro Cultural de Belém à cerimónia de assinatura de protocolos da linha de crédito PME Invest - III, no valor de 1.600 milhões de euros.
No final, Sócrates comentou citado pela «Lusa» a decisão do BCE de cortar em 75 pontos base a taxa de juro de referência, fixando-a nos 2,5 por cento para fazer face à crise, a redução mais forte da história em 10 anos da instituição.
Primeiro-ministro é um grande estímulo para a economia
«Com esta decisão, as famílias podem esperar um alívio no pagamento das suas prestações de hipotecas bancárias no que diz respeito à habitação», salientou o primeiro-ministro.
Segundo Sócrates, o esforço do BCE para descer as taxas de juro «é um grande estímulo para a economia europeia resistir».
«A descida é muito significativa e não será a última vez que se desce. A estratégia do BCE sempre foi a de reduzir as taxas de referência de forma gradual. Ou seja, as descidas não são feitas todas de uma vez», frisou.
A decisão do BCE é o terceiro corte consecutivo das taxas directoras, depois dos cortes de Outubro e Novembro de meio ponto percentual cada um, com efeitos a partir de 10 de Dezembro.
A taxa directora esteve nos 2,5 por cento entre Fevereiro e Abril de 2006. O corte anunciado foi superior às previsões da maioria dos analistas, que apontava para uma redução de apenas 50 pontos base, dado a política de redução gradual que tinha sido seguida até agora pela instituição liderada por Jean-Claude Trichet.
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«BCE vai continuar a descer taxas de juro de referência»
- Redação
- CPS
- 5 dez 2008, 07:46
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Famílias podem esperar um alívio no pagamento das suas prestações
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