Belmiro diz que Estado só deve construir aeroporto quando tiver dinheiro (Actualização1) - TVI

Belmiro diz que Estado só deve construir aeroporto quando tiver dinheiro (Actualização1)

Belmiro de Azevedo - Biografia

(Actualização1) Belmiro de Azevedo disse hoje, durante mais uma sessão de trabalhos no âmbito do projecto «Portugal Marca» que os grandes projectos de investimento, como o novo aeroporto, só devem ser feitos quando há dinheiro.

«Gostava de fazer o aeroporto quando tivesse dinheiro», afirmou o mesmo, acrescentando que há outras prioridades, como por exemplo, o desenvolvimento das ferrovias.

Nesta sequência, o responsável deixa a interrogação de «porque é que não se esgota a capacidade da Portela e depois, quando isso acontecer, pensamos noutra solução?».

O patrão da Sonae não esconde, no entanto, a importância que tem o investimento, nomeadamente o investimento estrangeiro. «O investimento estrangeiro é bom de qualquer maneira. Nós não temos capacidade financeira para crescer, portanto temos que assumir que precisamos de investimento estrangeiro».

E em termos de investimento, ou áreas, onde o presidente da Sonae entende que deveríamos apostar enumerou algumas. Na vertente do turismo, com a aposta no desenvolvimento de resorts. Na biomassa, onde o grupo pretende apostar. E no sector do retalho, no qual a Sonae continua a investir, nomeadamente, lá fora.

Belmiro de Azevedo chamou ainda a atenção do Governo para algumas situações que poderiam estar resolvidas e que nos trariam vantagens, como a barragem do Alqueva e o aeroporto de Beja; e outras vantagens que erradamente perdemos como a ligação ao mar a capacidade das nossas pescas.

Sonae vai concorrer à produção de Biomassa juntamente com EDP e Portucel

A Sonae planeia investir na biomassa em parceira com a EDP e a Portucel. O anúncio foi feito por Belmiro de Azevedo. Há margem da apresentação, o responsável disse aos jornalistas disse que, «a Sonae tem interesse e estamos a tentar resolver o problema com as autarquias». Isto porque segundo o mesmo, a questão da logística é muito importante, ou seja, é pelas autarquias que passa a recolha dos «raminhos» nas matas que depois permite desenvolver todo o processo. O objectivo é reduzir os resíduos florestais, baixar o nível de emissões de dióxido de carbono e consequentemente reduzir a factura energética.

O financiamento do projecto pode ser feito por estes sócios, ou outros, mas é fundamental o empenho das autarquias, num investimento que poderá rondar os 10 a 15 milhões de euros e que tem como meta a construção de 10 centrais com uma capacidade de 10 MW cada.

Actualmente existe apenas uma central «falsa» em Portugal, que na realidade é uma incineradora, segundo responsável.

Ontem o «Jornal de Negócios noticiava que o Governo está a trabalhar no lançamento de um novo concurso para a atribuição de até 100 MW para a produção de energia eléctrica a partir de resíduos florestais industriais, que deverá ser lançado até ao fim do ano.
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