Peyman Kia condenado a perpétua por espiar para a Rússia - TVI

Peyman Kia condenado a perpétua por espiar para a Rússia

  • CNN Portugal
  • MJC
  • 19 jan 2023, 21:09
Juiz sueco Mans Wigen (GettyImages)

Sueco trabalhou para os serviços secretos do seu país. O irmão também foi condenado - mas a pena é bem menor. Juiz Mans Wigen (na foto) diz que os irmãos "adquiriram, encaminharam e partilharam" informações altamente confidenciais

Peyman Kia, ex-funcionário dos serviços secretos suecos, foi condenado a prisão perpétua e o seu irmão mais novo, Payam, a dez anos de prisão, após terem sido considerados culpados de terem feito espionagem para o serviço de inteligência militar da Rússia por mais de uma década.

Peyman Kia, de 42 anos, trabalhou no serviço de segurança e contraespionagem sueco, Sapo, e em agências de inteligência das forças armadas, incluindo a agência de inteligência estrangeira (Must) e KSI, uma unidade ultra-secreta que lida com espiões suecos no estrangeiro. Agora foi considerado culpado de espionagem agravada e acesso não autorizado a documentos classificados. O juiz Mans Wigen [na foto], do tribunal de Estocolmo, disse que Kia usou a confiança depositada nele para ajudar a Rússia, o país que representa "a maior ameaça para a Suécia".

Os dois irmãos trabalhavam em conjunto. Payam, de 35 anos, foi condenado por espionagem agravada por planear as ações do irmão e gerir os contactos com a agência de inteligência militar russa GRU, passando 45 dos 90 documentos que Peyman descobriu. Foram presos em 2021 quando o Sapo suspeitou que tinha uma "toupeira". 

O juiz afirma que eles, “conjuntamente e em concertação para ajudar a Rússia e o GRU, adquiriram, encaminharam e partilharam informações cuja divulgação a uma potência estrangeira poderia ser prejudicial à segurança da Suécia”.

Segundo o tribunal, em 2016-17 Peyman Kia movimentou cerca de 550 mil coroas suecas (cerca de 49 mil euros), a maior parte em dólares americanos, provavelmente fruto do pagamento da Rússia.

Os irmãos, nascidos no Irão e ambos com cidadania sueca, negaram as acusações e devem recorrer da sentença.

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