As duas novas células, chamadas "células mistério", foram descobertas por um grupo de cientistas liderado por Arantza Barrios da University College London. Eles perceberam que estas células existiam apenas nos vermes machos quando atingem a maturidade e, portanto, deveriam ter um papel importante na sua vida sexual.
Para fazer o teste, utilizaram um ambiente salgado e condicionaram os vermes a não gostar de sal. Diferentemente dos outros vermes, os que tinham as células “mistério” dirigiam-se para os ambientes salgados em busca de companheiros para se reproduzirem.
O grupo de cientistas descobriu que essas células são neurónios que incentivam o macho a reproduzir-se e podem mesmo influenciar os vermes a escolher o sexo à comida.
"Isto é um choque”, afirma firma Richard Poole, um biólogo do desenvolvimento da Universidade College London (UCL) que pertence à equipa de pesquisadores que encontrou os neurónios acidentalmente ao jornal internacional ‘Nature 1’.
O verme Caernorhabditis elegans é um organismo frequentemente estudado pelos neurocientistas por apresentar um organismo muito simples e por ser possível observar os seus circuitos neurais na íntegra. Mas uma parte do C. elegans permanecia oculta.
“Quando os cientistas estudam o macho, eles centram-se e, áreas de divergência mais obvias, como por exemplo a cauda. Talvez eles não tenham nunca prestadp atenção suficiente no cérebro”, afirma o biólogo Richard Poole.