Estatinas eficazes contra as embolias - TVI

Estatinas eficazes contra as embolias

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Estudo evidencia redução em 43 por cento do perigo de formação de coágulos nas veias das pernas e pulmões

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As estatinas, medicamentos contra o colesterol prescritos a milhões de pessoas em todo o mundo, permitem reduzir consideravelmente o risco de formação de coágulos sanguíneos, segundo resultados de ensaios clínicos divulgados nos Estados Unidos, refere a Lusa.

Um estudo apresentado domingo no congresso anual do Colégio Americano de Cardiologia (ACC), reunido em Orlando, Florida, indica que o Crestor (rosuvastatina) reduziu em 43 por cento o perigo de formação de coágulos nas veias das pernas e nos pulmões.

«A embolia pulmonar é muito grave, por vezes fatal, complicada e dispendiosa de tratar», explicou Robert Glynn, do Hospital Brigham and Women de Boston (Massachusetts), ao apresentar os resultados do estudo JUPITER (Justificação para o uso de estatinas na prevenção: uma intervenção de ensaio para avaliação da rosuvastatina).

«Quando os pacientes falam com os médicos sobre as vantagens de tomar estatinas devem ter em conta que a prevenção da embolia pulmonar é um factor importante a considerar, além da eficácia provada destes anti-colesterol para reduzir o risco de enfarte e de ataque cerebral», acrescentou.

Os primeiros resultados deste ensaio, apresentados em Novembro passado na reunião anual da Associação Americana do Coração, mostraram que aquele fármaco reduz em 44 por cento o perigo cardiovascular em indivíduos sem factores de risco elevados de enfarte, mas com nível de proteína C reactiva (CRP), um sinal de inflamação das artérias, acima do normal.

O JUPITER foi realizado com 17.802 homens e mulheres saudáveis com níveis baixos de mau colesterol (LDL) mas elevado teor sanguíneo da proteína CRP.

Outro estudo apresentado domingo no congresso da AAC, o maior encontro mundial de cardiologistas, concluiu que o mesmo medicamente pode baixar até 79 por cento o risco cardiovascular em indivíduos em que as taxas de mau colesterol e proteína CRP foram mais fortemente reduzidas.

Mas apesar destes resultados mostrarem o êxito da terapia com estatinas na profilaxia farmacológica, Paul Rickter, co-autor do estudo, sublinha que «a primeira coisa a fazer para prevenir doenças cardiovasculares é seguir uma dieta alimentar sã, fazer exercício e não fumar».

Os cardiologistas advertem também para o perigo de prescrever estatinas para fins meramente preventivos sem ter em conta outras análises, já que podem ter efeitos secundários no fígado e provocar dores musculares.

Segundo os resultados de outro ensaio clínico, a relaxina - uma hormona segregada pelos ovários e que provoca a flexibilização do útero para facilitar o parto - é promissora para tratar as falências cardíacas graves por ajudar o paciente a respirar mais normalmente.

Combinada com um tratamento hospitalar padrão, esta hormona melhora o estado dos pacientes, ao impedir o seu agravamento e reduzir o período de internamento, afirmou o autor do estudo, John Teerlonk, da Universidade da Califórnia em São Francisco.

As patologias cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade nos Estados Unidos, com mais de 900.000 óbitos por ano, e que provocaram 17,5 milhões de mortos no mundo em 2005, ou seja 30 por cento do total, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
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