Licença que não é bem para matar (1ª parte)

Inactiva, a Taser Shockwave parece uma cremalheira de dentes verdes à altura da cintura. Mas carregue num botão e esses dentes - seis cartuchos electrificados alimentados por fios de 7,5m - disparam um arco de 20 graus. Sondas de meio metro emitem 50.000 volts de electricidade que passam através da roupa e da pele. Caso uma pessoa esteja no seu caminho, os seus músculos dobram-se e bloqueiam involuntariamente.

Utilize a Shockwave como defesa para criar um perímetro à volta de pessoas que estão a provocar distúrbios, como a polícia demonstrou num exercício na Treasure Island na Califórnia no início deste mês, e uma multidão de indivíduos desobedientes pode ser encostada a um canto. Também pode disparar o aparelho em direcção a uma multidão, e vários alvos amontoam-se no chão paralisados temporariamente.

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Pronta a ser lançada no mercado no decorrer de 2009, a Shockwave faz parte de um conjunto de vários novos aparelhos poderosos «menos letais» que estão prestes a começar a ser utilizados no mundo real, deixando de estar apenas cingidos a situações de teste. Na verdade, não é o único brinquedo experimental que irá ser comercializado em breve pela Taser International, uma empresa sedeada em Phoenix. Entre os outros produtos que estão a ser testados pela empresa, incluem-se um projéctil taser que pode ser disparado de qualquer espingarda e uma película laminada taser que consegue electrificar a superfície de um tradicional escudo anti-motim.

Na opinião da Taser, estas armas saídas da ficção científica são novas formas, mais eficientes, de controlar situações de perigo sem recorrer ao uso da força mortal. Contudo, segundo os críticos da empresa, a Taser está a alargar o âmbito de uma tecnologia polémica que ainda não demonstrou ser totalmente segura.

Por exemplo, o Extended-Range Electronic Projectile (XREP) da Taser é a primeira arma de incapacitação eléctrica que pode ser disparada de uma arma. Ao contrário dos produtos mais antigos da Taser, que disparavam uma carga carregado electricamente a partir de fios de 7,5m, o XREP foi concebido para ser carregado numa arma de fogo normal. Depois de sair disparado do cano da arma, pequenos lemes estendem-se o que faz com que o cartucho rode no ar e voe com precisão durante 30metros.