As mentiras científicas do CSI - TVI

As mentiras científicas do CSI

CSI Las Vegas [arquivo]

Análise num curto espaço de tempo e sacos de plástico para provas é pura ficção

Relacionados
Nunca os vemos a escrever relatórios, uma tarefa pesada e custosa, os resultados das provas de ADN obtêm-se em algumas horas e a identificação das impressões digitais em alguns segundos. Estes são apenas alguns dos aspectos da série CSI que fazem parte da ficção, refere o site 20minutos.

Outros aspectos, como a gíria científica, o vocabulário utilizado, coincidem com a prática diária dos agentes que integram a Brigada da Polícia Científica Criminalista Forense de Valência, que leccionaram recentemente um curso da área na Universidade Cardenal Herrera - CEU.

As provas guardam-se em caixas de cartão e não em sacos de plástico

Os instrumentos mais utilizados, «as ferramentas imprescindíveis», são as cotonetes e as amostras de algodão, que «se guardam sempre em caixas de cartão», não em plástico. Também são habituais entre os 65 agentes de Valência os muitos pares de luvas de látex que colocam assim que chegam à zona do crime.

A entrada do ADN nas investigações criminais revolucionou o trabalho policial e fez proliferar um grande conjunto de séries televisivas. A divulgação de algumas técnicas, no entanto, «não ajuda ao trabalho policial», lamentaram os responsáveis científicos, que preferiram não ser identificados.

As inspecções aos locais de crime demoram entre oito a dez horas

Os especialistas do Corpo Nacional da Polícia espanhola, tal como nas séries, podem analisar amostras de sangue, sémen, pêlos, unhas, resto de ossos, saliva, que podem conter «células epiteliais da boca» com «carga nuclear» de ADN.



As inspecções aos locais podem demorar horas porque na vida real não podem levar, por exemplo, uma porta para analisar, a análise tem que ser feita no local. As investigações em casos de homicídio chegam a durar entre oito a dez horas, mas demora menos em caso de roubo.

«Não existem crimes perfeitos, mas sim investigações que não são suficientemente perfeitas», sustentaram os investigadores espanhóis.
Continue a ler esta notícia

Relacionados