Guerra dos sexos chegou a duas novas redes sociais - TVI

Guerra dos sexos chegou a duas novas redes sociais

Lulu

Homens e mulheres «digladiam-se» nas aplicações informáticas Lulu e Tubby

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O clima de avaliação «colegial» que homens e mulheres costumam fazer uns dos outros está a fazer furor na Internet, sobretudo no Brasil. A «guerra» dos sexos está a ser espalhada pelo sucesso de duas redes sociais, uma para mulheres: Lulu, e outra para homens: Tubby App. As aplicações, disponíveis gratuitamente para IOS e Android, permitem que elas (no caso, Lulu) avaliem anonimamente homens com os quais têm amizade no Facebook, ou então, ao contrário, que sejam eles (através da Tubby) a avaliar as mulheres com quem têm amizade.

No caso da Tubby pode dizer-se que o sucesso acontece por antecipação, já que a rede social não chegou a ser lançada esta quarta-feira, no Brasil, como estava previsto. O interesse dos utilizadores em relação ao Tubby é tal, que o lançamento foi adiado dois dias, para sexta-feira, por falta de capacidade de resposta dos servidores à elevada procura na abertura de contas na rede social.

Lulu: uma forma polémica de dar notas aos homens

Um grupo de mulheres reúne-se em torno de um smartphone ou tablet, a rir e a dizer coisas como «só sete e meio?». Do outro lado do bar, homens com sorrisos tensos e ouve-se «como será que me estou a sair?». A app que usa como slogan: «Sexo e a Cidade casa-se com o Facebook» está a dar que falar.

Apesar de eventualmente engraçada, nada há de inofensivo nesta nova aplicação exclusiva para mulheres. Funciona assim: a utilizadora acede à aplicação através da conta de Facebook e, a partir daí, abre-se um catálogo com as fotos dos amigos, acompanhadas de notas de 1 a 10. Depois é só classificar, protegida pelo anonimato, o desempenho deles em várias categorias, respondendo a perguntas que, no final, resultarão em avaliações numéricas. No fim, ainda há a possibilidade de adicionar hashtags a cada homem avaliado, que vão de #aiseeutepego, passando por #NuncaDormeFora até #SóPensaNaquilo.

Lançada na semana passada no Brasil, a Lulu tem causado polémica. A aplicação levou o Ministério Público a abrir um inquérito à Luluvise Incorporation e ao Facebook, uma vez que a aplicação permite que os contactos masculinos das utilizadoras do Facebook sejam automaticamente transferidos.

O Ministério Público brasileiro alega que estão em causa os «direitos da personalidade» de milhões de utilizadores do sexo masculino e deu até sábado para as duas empresas prestarem esclarecimentos.

Já a criadora da aplicação, Alexandra Chong, explica que a Lulu nasceu para ser um «Google dos homens». Formada em Direito pela London School of Economics, Chong, de 32 anos, defende que a Lulu é uma rede privada para raparigas partilharem experiências e fazerem melhores escolhas, começando pelos relacionamentos, que não tem exclusivamente a ver com situações íntimas.

«Quando você coloca um homem no Google, você não quer saber se ele vota nos Republicanos ou se ele escreveu um artigo na faculdade. Você quer saber se as sogras gostavam dele, se ele é educado e bom rapaz», afirma Chong ao «The New York Times».

Alexandra Chong inventou Lulu em 2012 e a empresa já emprega cerca de 30 pessoas. No início de 2014, a sede da Lulu vai mudar-se de Londres para Nova Iorque, onde a empresária diz que o tráfego da aplicação aumentou 600% nos últimos seis meses.

Tubby: resposta masculina com conotação ainda mais sexual

«É a sua vez de descobrir se ela é boa na cama». É com este slogan que se tem anunciado a Tubby , a aplicação dedicada aos homens para dar resposta à Lulu.

A nova aplicação foi criada por um grupo de três brasileiros e permitirá aos homens darem nota às mulheres, de forma anónima, de acordo com a performance sexual.

Tal como a Lulu, os utilizadores da Tubby também podem utilizar hashtags, como #éfogo, #anaorepetir, #prefirofutebolouvideojogos, mas os criadores da aplicação garantem que serão retirados os conteúdos com caráter ofensivo.
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