Ainda só três mil crianças portuguesas têm o tão aguardado portátil, pelo que o Magalhães tem estado mais ligado a polémicas do que a actividades escolares. A empresa de Matosinhos reage com humor às críticas e até se riu com o último sketch dos Gato Fedorento.
«Sempre adorei os Gato Fedorento, têm imensa piada. Todos os sketch que têm feito com o Magalhães foram muito bem feitos. Nós rimo-nos bastante e achamos que o último foi exemplar. Todos cantamos louvado seja o Magalhães. Tem imensa piada», reagiu João Paulo Sá Couto, administrador da JP Sá Couto
As piadas não tiram o sono à JP Sá Couto, que já só pensa no futuro. Enquanto a nova linha de montagem vai permitir a produção de 75 mil Magalhães por mês até final do ano, a ambição é criar uma nova estrutura que torne possível atingir a criação de 250 mil portáteis Magalhães por mês a partir de Abril.
«Será um investimento de 30 milhões de euros, com várias linhas de produção. Também vamos ter uma linha de produção de motherboards, o que é importantíssimo e de uma vez por todas fazer do Magalhães cada vez mais um computador português. Nessa altura podemos dizer que fazemos a coisa mais importante do computador, para além de outros componentes», explicou João Paulo Sá Couto, apontando metas para o futuro.
«A partir de 2009 entraremos em velocidade cruzeiro, com a parte final dos computadores do programa e-escolinha e iniciar a exportação a nível internacional», frisou o administrador, admitindo que noutros países o nome poderá mudar, mas «o Magalhães será sempre o Magalhães».
Elogios do Governo
O ministro Mário Lino, congratulou-se com o facto da JP Sá Couto estar a transformar-se na primeira empresa ODM (Original Designer Manufacter) da União Europeia, destacando o seu contributo para o aumento das exportações.
«É a única empresa na UE que concebe, projecta e produz computadores», frisou, durante o discurso que marcou a inauguração das duas novas linhas de montagem do «Magalhães». Segundo o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, «trata-se de colocar Portugal num patamar muito elevado no que diz respeito a esta área de computadores».