A comunidade científica sempre viu os asteróides como uma ameaça para a humanidade e, como tal, numa conferência em São Francisco, um grupo de cientistas debateu e defendeu que o mundo não está preparado para a possibilidade de um asteróide entrar em rota de colisão com o planeta Terra.
Segundo a BBC, esta situação parece alarmante, tendo em conta a probabilidade remota de um asteróide embater na Terra. No entanto, a comunidade científica apresentou medidas que são possíveis de desenvolver, tendo em conta a evolução tecnológica, para evitar tal catástrofe.
É importante referir que se tratam de medidas que são apenas possíveis se não estivermos a tratar de asteróides com tamanhos extremamente grandes e se tivermos em conta que o tempo de preparação para uma missão espacial é de, aproximadamente, dois anos, segundo revelou a NASA.
Posto isto, como afirmou a cientista Cathy Plesco, do Laboratório Nacional Los Alamos, há duas respostas que poderiam ser colocadas em prática para impedirmos a destruição provocada por um asteróide.
Depois dos resultados nefastos que ataques como o de Hiroshima e Nagasaki tiveram, é difícil conceber que uma arma nuclear seja uma possível fonte de salvação, mas a primeira proposta de resolução é precisamente esta: bomba nuclear ou atómica.
O artefacto explosivo nuclear seria lançado num foguete, no espaço profundo, onde estaria o objeto. Em seguida, o artefacto seria detonado na superfície do asteróide ou logo sob a superfície, vaporizando parte dele e, assim, mudando a órbita do objeto para que este não acerte na Terra”, explicou.
Na mesma linha de pensamento, surgiu a opção de um “Kinetic Impactor”, uma ideia desenvolvida pela NASA, mas que pode levar mais de 20 anos a ser construída.
O dispositivo foi concebido para a formação de um impacto cinético, como indica a tradução. Ou seja, de forma simplificada, o objetivo é enviar para o espaço naves com dimensões capazes de destruir o asteróide no espaço, em alta velocidade, antes de este embater no planeta.
Basicamente, é uma bala de canhão gigante lançada numa nave, que colide com o objeto e faz com que o asteróide ou o cometa percam massa e mudem a órbita, de forma a não atingirem a Terra”, afirmou.
No entanto, segundo a NASA, este tipo de solução não seria eficaz no caso de asteróides extremamente grandes.