Cancro do estomâgo: portugueses fazem descoberta importante - TVI

Cancro do estomâgo: portugueses fazem descoberta importante

Frasco do laboratório (foto de arquivo)

Investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto identificam mecanismo de regulação de proteína que provoca o cancro

Relacionados
Uma equipa de investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) identificou um novo mecanismo de regulação da caderina-E, proteína responsável pelo cancro de estômago hereditário.

«O que fizemos foi pegar em mutações desta proteína para tentar perceber qual o seu mecanismo de regulação», afirmou esta terça-feira Joana Correia, que conduziu a investigação, em declarações à Lusa.

Cientistas descobrem solução para cancro do cólon

Testes rápidos para detecção de cancro da próstata suspensos

O trabalho desta equipa de investigadores foi recentemente publicado na revista Human Molecular Genetics, uma das mais importantes na área da genética.

«Esta foi a primeira vez que foi descrita, a nível internacional, a regulação deste mecanismo», frisou a investigadora portuguesa, salientando a importância da descoberta já que «quem perde a protecção desta proteína, desenvolve cancro no estômago».

Uma das principais consequências a curto prazo da descoberta feita pela equipa de investigadores do IPATIMUP é que a identificação deste mecanismo de regulação «poderá permitir a investigação de outras moléculas que possam justificar o cancro de estômago em quem tem a proteína».

Por outro lado, também pode permitir «a descoberta de uma forma de reverter o mecanismo, ou seja, de drogas que funcionem como terapêutica em famílias que apresentem esta mutação».

Esta investigação assume especial importância em Portugal, que é um dos países europeus com maior incidência de cancro do estômago.

Os dados oficiais indicam que cerca de três por cento dos casos têm um padrão hereditário, sendo o único gene até agora identificado como responsável pela doença o que codifica a proteína caderina-E.

A investigação realizada pela equipa do IPATIMUP contou com a colaboração do Instituto de Biotecnologia da Flandres, na Bélgica.
Continue a ler esta notícia

Relacionados