NXT: esta palmilha inteligente consegue detetar minas - TVI

NXT: esta palmilha inteligente consegue detetar minas

  • tvi24
  • Paulo Bastos
  • 22 jul 2014, 00:30

Uma empresa colombiana está a tentar travar milhares de mortes

Décadas de guerra civil deixaram a Colômbia crivada de minas terrestres que continuam por explodir. É uma armadilha terrível, e há mais de 10 mil casos de pessoas mortas ou gravemente feridas nos últimos vinte e cinco anos.

Agora, há um grupo de investigadores colombianos que está a desenvolver sapatos com uma sola especial, capaz de avisar quando há minas por perto.

A proposta de José Ivan Perez é salvar vidas. Com a sua empresa, a Lemur Studios, está a desenvolver a «SaveOneLife», precisamente, uma palmilha de sapato que deteta minas terrestres e avisa o utilizador de que há perigo por perto.

«Basicamente o projeto consiste numa palmilha que pode ser usada em qualquer sapato, civil ou militar. É um detetor de metais, com uma bobina de material condutor que envia um alerta para um aparelho usado no pulso do utilizador. Assim, ele pode evitar ou tentar desativar a mina», afirmou o diretor criativo, José Ivan Perez.

As minas terrestres por explodir são uma herança fatídica, centenas de soldados e civis são mortos ou feridos a cada ano que passa.

A equipa de Perez espera que a palmilha ajude nos trabalhos de desminagem que o governo colombiano tem vindo a levar a cabo. Pode ser usada com qualquer bota ou sapato, e deteta minas terrestres a uma distância de até dois metros.

A Colômbia defronta-se com ataques de guerrilheiros há quase 50 anos. Há um preço elevado a pagar.

«A Colômbia continua a ser um dos países do mundo mais afetados pelas minas terrestres. Nos últimos 23 anos registaram-se mais de 10 600 vítimas por causa deste tipo de armamento, normalmente usado pelos grupos armados ilegais - nomeadamente as FARC e o ENL», garante Daniel Avila Camacho, diretor do programa presidencial de controlo de minas.

Os especialistas garantem que não há como estimar o número de minas que continuam por explodir, sepultadas em solo colombiano. Mas os ativistas reivindicam mais dinheiro para tecnologias como a «SaveOneLife» para que se possam salvar milhares de vidas.



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