Uma adolescente de 17 anos morreu depois de um aluno ter atacado a tiro quem estava na Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo, que ambos frequentavam. Na sequência do ataque, mais duas alunas foram atingidas e um terceiro ficou ferido ao fugir.
O atacante usou uma arma do pai. Filho de pais separados, passou o fim de semana na casa do progenitor e revirou tudo para encontrar o revólver calibre 38 usado no crime. Segundo as autoridades, a arma está registada.
Imagens de videovigilância registaram o momento em que o atacante entrou na sala a disparar. Giovanna Bezerra, 17 anos, não tinha qualquer relação com o atirador e "foi a primeira pessoa" que passou à sua frente, apontou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A jovem, que foi atingida na cabeça, ainda foi transportada para uma unidade hospitalar mas não resistiu aos ferimentos.
A irmã de um aluno da Escola Estadual Sapopemba, Bianca Arantes, revelou à CNN que, quando o irmão lhe ligou a dizer o que se passava, pediu-lhe para correr "sem olhar para trás". "Coloquei o meu irmão, dois amigos dele e duas raparigas, que nunca tinha visto na vida, no carro", contou a esteticista, acrescentando que uma delas era da sala onde se registou o tiroteio e que contou que "um aluno, que sofria de bullying, já tinha avisado as raparigas que ia fazer um massacre".
Segundo a Folha de São Paulo, o adolescente diz que aprendeu a usar armas no YouTube. Além disso, é suspeito de ter revelado na plataforma Discord que o motivo que o levaria a cometer o crime era "sentir-se poderoso".
Numa troca de mensagens, o jovem contou que sofreu bullying mas deixou a ideia que não foi essa a razão do ataque, apontando que queria "ter o poder de saber a hora da morte das pessoas" que ia matar.
Este foi o 9.º ataque a escolas no Brasil só este ano, um número que estabelece um recorde de ocorrências deste tipo desde 2002, segundo um estudo do Instituto Sou da Paz.