Aprendidas 11 toneladas de cocaína em 22 operações

O Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo apreeendeu, desde que foi criado, em Julho, 11 toneladas de cocaína em 22 operações, revelou este domingo o ministro da Justiça, Alberto Costa.

Portugal e outros seis países da União Europeia assinaram hoje a constituição formal do Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo (MAOC-N, na sigla em inglês), entidade sedeada no Porto de Lisboa.

O centro, criado para combater a importação de cocaína da América do Sul para a Europa, sobretudo por via marítima, mas também por via aérea, envolve Portugal, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda e Irlanda e foi assinado pelos ministros da Justiça ou Assuntos Internos destes países.

«Este centro já fez 22 operações, das quais uma larga parte com sucesso», afirmou o ministro português da Justiça, Alberto Costa, depois da assinatura do acordo. Aos jornalistas, Alberto Costa afirmou que nestas 22 operações foram apreendidas 11 toneladas de cocaína. 12 destas operações envolveram meios navais, acrescentou o ministro.

Segundo Alberto Costa, o MAOC-N é a primeira estrutura europeia de combate ao crime que utiliza «meios militares de vários países».

O MAOC-N, baseado na experiência de um centro norte-americano situado na Florida, funciona desde 25 de Julho e conta com a colaboração da Europol e com o contributo dos Estados Unidos, que têm o estatuto de observador.

«A Europa é o segundo maior mercado para a cocaína, a seguir aos Estados Unidos da América», referiu Alberto Costa, sublinhando que o tráfico daquela droga para a Europa «tem crescido nos últimos anos».

A maioria da cocaína é introduzida na Europa pelo Oceano Atlântico, afirmou igualmente o ministro da Justiça, que sublinhou que tem havido «um crescendo da diversificação das rotas do tráfico pelo Atlântico em direcção à Europa, também por via da Costa Ocidental Africana».

«A preocupação com a crescente utilização da Costa ocidental de África é mesmo uma das razões da existência deste centro», afirmou.

Portugal foi o ano passado um dos cinco países mundiais que efectuaram as maiores apreensões de cocaína.