Andar de mota mata 220 vezes mais do que viajar de autocarro - TVI

Andar de mota mata 220 vezes mais do que viajar de autocarro

Até ao momento não houve registo de problemas, diz a GNR

Um motociclista tem 220 vezes maior probabilidade de morrer do que o passageiro de um autocarro ou de um comboio.

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Os dados, revelados esta segunda-feira pela Prevenção Rodoviária Portuguesa, resultam de um estudo feito com base em dados recolhidos na altura em que a União Europeia (UE) era composta por 15 estados, em vez dos actuais 27.

Segundo a agência «Lusa», a segunda forma mais perigosa de deslocação é não recorrer qualquer transporte e viajar a pé: a hipótese de morrer é apenas seis vezes menor do que se fizer a deslocação de mota, a forma mais mortal de viajar, de acordo com os cálculos feitos pelos especialistas.

O estudo aponta o número de mortos por 100 milhões de passageiros hora, indicando que perderão a vida na estrada 440 pessoas por cada 100 milhões de motociclistas que cumpram uma viagem de uma hora.

Se a viagem for feita de autocarro ou de comboio (5º e 8º lugares), morrerão apenas duas pessoas no mesmo universo populacional.

O automóvel surge em quarto lugar, com 25 mortos por cada 100 milhões de passageiros que viagem uma hora naquele transporte, 18 vezes menos que sucede com os utentes das motas.

Em terceiro lugar, mas com o mesmo valor do automóvel, surge a bicicleta, enquanto em sexto surge o barco (16 mortos) e em sétimo o avião (oito mortos, 55 vezes menos do que os motociclistas).

O administrador da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Manuel Trigoso, considera que a redução do número de vítimas entre os motociclistas poderá ser obtida como nos outros transportes não exclusivamente profissionais: melhorando as vias e outras infraestruturas rodoviárias e apostando num melhor desempenho dos condutores.

Já em relação á alevada taxa de morte entre peões, aquele espcialista considera que o álcool surge como explicação.

«Tal como nos condutores, devia-se a aconselhar os peões: se andar na via pública também não beba», recomendou, em declarações à agência «Lusa».

Isto porque, acrescentou, as taxas de alcoolemia entre peões que morrem atropelados são idênticas às dos automobilistas vítimas em acidentes enquanto conduzem alcoolizados.

O cenário agrava-se ainda porque no caso dos peões, não dispõem de qualquer protecção, pelo que um acidente que pode ser inconsequente para um condutor, arriscasse a ser fatal para quem segue a pé.

Outra diferença que o estudo revela é que a que separa os transportes ditos profissionais (autocarro, avião e comboio) dos restantes. Aqueles três surgem nos últimos lugares, enquanto as restantes formas deslocação ocupam os lugares cimeiros da tabela.
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