Arrábida candidata-se a Património Mundial

A Comissão Executiva da Candidatura da Arrábida a Património Mundial, que reuniu esta segunda-feira pela primeira vez, confirmou a intenção de apresentar uma candidatura mista que contemple os valores materiais e imateriais, e não apenas uma candidatura a Património Natural.

«Vamos valorizar muito as tradições, as festas religiosas, a presença humana e as diversas actividades, da pesca à agricultura, à pastorícia e ao trabalho com a pedra, não com a expressão que têm hoje as pedreiras, mas com a expressão dos antigos canteiros», disse à Lusa o presidente da Câmara de Sesimbra e membro da Comissão Executiva, Augusto Pólvora.

«A abrangência da candidatura é diferente e reduz o aspecto negativo que teria uma candidatura que fosse apenas a Património Natural», acrescentou Augusto Pólvora.

De acordo com o autarca, na primeira reunião, a Comissão Executiva iniciou também a discussão sobre os limites territoriais da candidatura, que «deverá abranger toda a área do Parque Natural da Arrábida, do Cabo Espichel a Setúbal, e algumas zonas envolventes».

Augusto Pólvora adiantou que a comissão vai assinar diversos protocolos com universidades, com o objectivo de preparar a documentação técnico-científica necessária para fundamentar a candidatura junto da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).