UnI: encerramento era «esperado e inevitável» - TVI

UnI: encerramento era «esperado e inevitável»

  • Portugal Diário
  • 9 abr 2007, 21:38
Mariano Gago, Ministro da Ciência e Ensino Superior - Foto de Tiago Petinga

Associação Académica responsabiliza SIDES pela degradação pedagógica da universidade

A Associação Académica da Universidade Independente considerou hoje que o encerramento da instituição, decretado pelo Ministro do Ensino Superior, era «esperado e inevitável», e responsabilizou a SIDES, empresa que detém a UnI, pela degradação pedagógica da universidade.

«Era uma decisão esperada e inevitável. O ministério fez o que tinha a fazer», afirmou presidente da Associação Académica da Universidade Independente, Hermínio Brioso, em declarações à agência Lusa.

O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, decidiu hoje emitir um despacho provisório de encerramento compulsivo da Universidade Independente (UnI), considerando que o seu funcionamento estava a decorrer «em manifesta degradação pedagógica».

«Tomei a decisão de proferir um despacho de encerramento compulsivo da UnI, despacho que é, por força da lei, provisório. Já mandei notificar a universidade que, nos termos da lei, tem dez dias úteis para se pronunciar, fazendo os considerandos ou as alegações que entender», afirmou Mariano Gago, em conferência de imprensa.

Para Hermínio Brioso, desde 26 de Fevereiro que «é obvio» que a responsabilidade exclusiva da degradação pedagógica da UnI é da SIDES, empresa proprietária da instituição.

«Em vez de dirimirem os conflitos nos tribunais, os accionistas fizeram-no na universidade e na comunicação social», acrescentou o responsável.

Segundo a mesma fonte, a associação académica solicitou hoje à SIDES que não sejam cobradas quaisquer taxas aos alunos que pedem certificados de habilitações ou conteúdos programáticos, que permitem equivalências em eventuais processos de transferência.

«Para um aluno do último ano esse valor pode ultrapassar os 200 euros», exemplificou.

Caso não haja uma resposta favorável por parte da SIDES, o responsável garantiu que a associação entrará terça-feira com uma providência cautelar para impedir a cobrança das referidas taxas, já que a situação foi provocada «por todos menos os alunos».
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