Aumentos salariais não penalizam empresas

Estamos prestes a ter o maior aumento salarial na ordem dos 2,9 por cento, uma situação que, na opinião do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, «não é particularmente penalizador para as empresas em termos de competitividade».

O responsável diz que há outros países a adoptar a prática de aumentar os salários, e se isso acontece cá em Portugal, é também porque «temos de compensar o que já não era mexido há muito», disse Van Zeller à margem da conferência europeia «Construir a Coesão Social», esta segunda-feira em Lisboa.

Os problemas actuais concentram-se no mercado de trabalho e na falta de crédito, mas «não existe perda de poder de compra».

«Quem trabalha pode poupar, mas não perde poder de compra», refere o responsável.

Já Carvalho da Silva, no que se refere ao aumento das remunerações, diz que «os esforços vão no sentido das pessoas lutarem para não perderem de forma abrupta o seu salário e o seu emprego».

O secretário-geral da CGTP frisa que «são precisos aumentos salariais», ao mesmo tempo que defende «um equilíbrio mais justo nas remunerações».