Portugueses fazem menos compras de Natal e guardam-se para os saldos - TVI

Portugueses fazem menos compras de Natal e guardam-se para os saldos

Desfile de Pais Natal no Porto

Comerciantes estão desiludidos

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O Natal ainda é o que era. Mas só para alguns. Para outros, a crise substituiu a tradição.

Longe vai o tempo em que se compravam prendas para a família toda e ainda para os amigos e colegas de trabalho. Hoje em dia, a lista de compras natalícias é cada vez mais curta, e os presentes cada vez mais económicos. As circunstâncias a isso obrigam.

É que o custo de vida não pára de subir e os ordenados esticam cada vez menos. Com a escalada das taxas de juro e do preço dos combustíveis, os custos da habitação e dos transportes têm aumentado muito e sobra pouco para o resto.

Prova disso mesmo é que, apesar de os centros comerciais e as baixas das cidades andarem cheias de gente, muitas pessoas regressam a casa sem sacos nas mãos. Passeia-se muito e compra-se pouco.

Que o digam os comerciantes. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal remete as declarações sobre como estão a decorrer as vendas neste Natal para a União dos Associados do Comércio de Lisboa. E, segundo explicou o seu vice-presidente, Vasco Melo, à Agência Financeira, a verdade é que as coisas não estão a correr muito bem.

«Há um sentimento de grande desconforto entre os comerciantes», refere, já que «as vendas não estão a ser muito eficientes», embora não consiga precisar quanto é que as vendas estão a cair face ao ano passado.

À espera dos preços baixos

Todos os anos os comerciantes tentavam compensar as baixas vendas «contornando» a Lei e antecipando os saldos sob o nome de «promoções» ou «reduções» e este ano não está a ser excepção. Já existem lojas com baixas de preços há pelo menos duas semanas.

Ainda por cima, este ano, a contribuir para as fracas vendas podem estar as novas regras dos saldos. É que este ano já vão começar logo no dia 28, e muitos consumidores esperam por esse dia, para poderem fazer as compras, mais baratas.

Por isso mesmo, e segundo Vasco Melo, «as expectativas para os saldos são elevadas», mas o que se verifica agora são poucas vendas de Natal.

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