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Consoada madeirense está mais cara

Na Madeira, Natal que é Natal, tem sabor à tradicional carne de vinha d’alhos. Por ser uma região ultraperiférica, a "Pérola do Atlântico" importa grande parte dos produtos que consume, o que acaba por refletir-se no preço final e no bolso dos consumidores. Ora, este ano, a inflação galopante trocou as voltas a quem importa, a quem vende e ao consumidor final. 
 
O diretor comercial da maior empresa de distribuição alimentar da Madeira avança que, em geral, os preços de todos os produtos que comercializam “subiram bastante”. Dois deles são matéria-prima do prato natalício. José Dias garante que “a carne de porco subiu 20%, os restantes artigos subiram uma percentagem de dois dígitos e o azeite subiu 50%.
 
E os comerciantes que vendem a tão procurada sandes de carne de vinha d’alhos também se queixam do mesmo. Carlos Caldeira diz que foram "obrigados a subir o preço da sandes, que passou de três euros para 3,5 euros”.
 
Quem quer confecionar o tradicional prato de Natal também padece do mesmo lamento. João Barros sente que “a carne de porco está cara e a que vem de fora não tem sabor nenhum", por isso, pagam mais "para ter qualidade”. E caros estão também os alhos. Filipe Bacanhim, que nesta quadra compra mais quantidade de alho, precisamente para cozinhar esta carne, diz que nunca viu o alho tão caro como agora. Ainda assim, prefere “cortar noutras coisas, mas a carne de vinha d’alhos não pode faltar, senão, não é Natal”.
 
E é este o espírito que salva o negócio de Daniel Rodrigues, comerciante de legumes. “Procuramos ter o melhor preço/qualidade. O nosso alho está a um preço razoável, vendemos a 4,98 euros o quilo e há muita procura. Em média, vendemos 10 a 15 quilos por dia.”
 
Inflação à parte, tradição é tradição e é para cumprir, sobretudo no Natal da Madeira.

  • Rita Aleluia
    Rita Aleluia
2 dez 2023, 14:25
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