Qimonda: partidos da oposição exigem intervenção imediata - TVI

Qimonda: partidos da oposição exigem intervenção imediata

Deputados dizem que país ficará perante catástrofe económica

Os partidos da oposição (BE, PCP, PSD e CDS-PP) manifestaram-se esta sexta-feira «muito preocupados» com as consequências para Portugal da falência da multinacional alemã Qimonda e exigem uma imediata intervenção do Governo.

Para o deputado do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, a confirmar-se o fecho da fábrica em Portugal, o país ficará «perante uma catástrofe económica» e, como aconteceu com o sistema bancário, «não se pede responsabilidades aos accionistas, que entretanto beneficiaram dos dividendos», disse à Lusa.

O mesmo deputado do BE lembrou que o caso da fábrica de Vila do Conde tem sido apontado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, como um caso «de exemplo» nacional e destacou as altas qualificações dos trabalhadores daquela unidade e cujos postos de trabalho poderão estar em causa.

Situação é «muito grave»

Já para o deputado Honório Novo, do PCP, a verificar-se esta falência em Portugal o país estará perante «mais uma das falsidades do primeiro-ministro», que «há oito dias atrás dizia que aquela empresa era um exemplo de sucesso em Portugal».

«A situação é muito grave e vai ter consequências muito penalizadoras para a economia, para os trabalhadores, para as suas famílias e para o desemprego no distrito do Porto», disse o deputado no final da reunião plenária desta manhã.

Também o deputado do PSD, Hugo Velosa, manifestou-se, por seu turno, «muito preocupado» com os níveis de desemprego e as consequências de mais despedimentos em Portugal.

«Perante a actual tendência de aumento do desemprego, é preocupante que cada vez mais jovens com profissões qualificadas e licenciados fiquem sem emprego no actual contexto», afirmou Hugo Velosa.

Hélder Amaral, do CDS-PP, destacou, por sua vez, a sua «grande preocupação» com um «efeito de bola de neve, cujas consequências não podem ser boas».

Recorde-se que o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou esta sexta-feira que o Governo português está em contactos com a Qimonda em Portugal e na Alemanha e irá «fazer tudo» para manter a fábrica de Vila do Conde.
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