Ronald Evans ficou conhecido pela alcunha “Violador de Clifton” e é um dos reclusos mais antigos do Reino Unido. Esteve encarcerado durante mais de 50 anos por um homicídio e vários crimes sexuais, até que foi colocado em liberdade condicional. Agora, menos de dois anos depois de ter sido libertado, voltou a ser condenado a quatro anos de prisão efetiva por um novo crime sexual.
Evans tem agora 82 anos e foi dado como culpado pela agressão sexual, mas inocentado por três outros crimes sexuais contra uma segunda vítima, avança a BBC.
De acordo com a acusação Ronald conheceu uma mulher, cuja identidade não foi revelada pelo tribunal, num centro comunitário de Wembley, em Londres, e convidou-a para ir ao seu apartamento, onde acabou por a agredir sexualmente.
“É evidente que pelos seus atos que o tempo nada fez para mudar o facto de você ser um predador sexual. Procurou uma nova vítima vulnerável e que sabia que poderia manipular”, disse a juíza Vanessa Francis responsável pelo caso.
No julgamento, a juíza descrever Ronald como um homem “inteligente e manipulador” e que “representa um risco significativo para as mulheres”.
Assim nasceu o "Violador de Clifton"
O historial crimes sexuais e violentos de Ronald Evans começa aos 22 anos, em 1963, quando matou Kathleen Heathcote, uma trabalhadora de uma loja de 21 anos, por motivos de índole sexual. Foi condenado e passados 11 anos colocado pela primeira vez em liberdade condicional.
Foi então que se mudou para Bristol, onde fica o bairro de Clifton que acabou por dar nome ao pseudónimo de Ron Evans, porque, entre 1977 e 1979, violou sete mulheres nas áreas de Clifton, Redland e Westbury Park.
Perante a crescente pressão mediática para capturar o ainda desconhecido “Violador de Clifton”, em janeiro de 1979, a polícia britânica montou uma operação secreta executada sobretudo por jovens agentes do sexo feminino com várias “armadilhas de mel” – destinadas a chamar a atenção de Ron Evans.
Dois meses depois, a agente Michelle Leonard estava à paisana quando um homem a agarrou e disse: “Não grites ou mato-te”, era Ronald Evans, que acabou por admitir ter cometido cinco dos crimes noticiados.